A FIFA deu uma rápida resposta para tentar reverter a imagem negativa da Copa no país. Nesta segunda-feira teve entrevista coletiva na ampla sala de imprensa do Maracanã. Durante uma hora e 15 minutos os responsáveis pela organização do Mundial divulgaram informações sobre os impactos positivos do torneio na economia do Brasil.
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O secretário-Geral da FIFA Jérôme Valcke abriu a entrevista com a seguinte frase:
– Vamos lá, vou falar sobre as críticas de que a FIFA entra no país, toma todo o dinheiro e vai embora.
Na sequência, começou a despejar números com benefícios que ele entende como fundamentais para quem recebe o evento. Depois, na mesma linha, falaram o CEO do COL Ricardo Trade, o ministro dos Esportes Aldo Rebelo e o secretário-executivo do Ministério dos Esportes Luís Fernandes. Trade discorreu muito sobre questões técnicas, Rebelo reiterou que foi o Brasil quem procurou a FIFA e fez uma revelação:
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– Quando surgiu a informação de que a Copa poderia mudar de lugar muitos países se apresentaram como alternativa. EUA, Inglaterra, China. Todo mundo quer.
Valcke reforçou que não existe plano B, a Copa vai ser no Brasil e terminou com a seguinte frase:
– Não ganhamos o dinheiro da Copa para voltar para a Suíça e andar de Mercedes. Reinvestimos o lucro nos projetos de expansão do futebol pelo mundo. Este é o nosso negócio.
Encerrada a coletiva, Valcke subiu para o segundo andar do Maracanã, onde aconteceu um evento de divulgação do trabalho das 12 sedes da Copa. No estande do Rio Grande do Sul, ele aproveitou para provar churrasco servido em espetinhos e posou para fotos com os secretários Kalil Sehbe e João Bosco Vaz.
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A seguir, as principais informações passadas pela FIFA , COL e Ministério dos Esportes:
Hotéis: 38 mil pernoites durante a Copa das Confederações, gerando receita de R$ 32 milhões. Previsão de 600 mil pernoites durante a Copa gerando receita de R$ 448 milhões.
Empresa do Paraná vendeu 16 mil bonés do mascote Fuleco a 45 reais cada. Tem 90 funcionários e vai contratar muito mais para a Copa. FIFA fica com 8% do que foi vendido; 92% é da empresa.
FIFA deu R$ 1,2 milhão para auxiliar a preparação dos gramados dos estádios e campos de treinamento da Copa.
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A Copa permite alavancar e adiantar investimentos essenciais em infraestrutura.
Sessenta e dois por cento do investimento na Copa ficam em obras de mobilidade urbana e modernidade dos aeroportos.
Entre 2010 e 2014, R$ 112 bilhões adicionais vão circular na economia nacional. Para cada real aplicado pelo setor público, 3,4 reais são pela iniciativa privada a partir das obras estruturantes.
Neste período, geração de 3,6 milhões de empregos.
Em 2013, o país vai gastar R$ 177 bilhões em saúde. O orçamento do Ministérios dos Esportes é cerca de 1% deste valor.
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24.500 empregos nos 6 estádios da Copa das Confederações.
Previsão de R$ 100 milhões em novos negócios para micro e pequenas empresas.
Objetivo de agregar R$ 1 bilhão em exportações de produtos nacionais nos próximos 12 meses.