A Fifa terá que correr para conseguir realizar os exames antidoping durante a Copa do Mundo no Brasil. Com a perda do credenciamento do Ladetec, laboratório carioca que havia sido selecionado para cumprir essa tarefa, a entidade mandará as amostras dos atletas para a Suíça durante a competição. A distância entre os países e a necessidade de realizar a análise rapidamente preocupam.

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A entidade e o laboratório suíço precisam dar o resultado do exame de um jogador antes que o mesmo volte a campo por sua seleção no Mundial. Além disso, segundo o guia da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), uma amostra precisa ser analisada em menos de 36 horas para que esteja em condições ideais.

Mesmo admitindo o tempo escasso para que tudo corra como previsto, a Fifa garantiu que conseguirá fazer as amostras chegarem à Suíça neste prazo. De acordo com o diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak, as primeiras 750 amostras chegaram em Lausanne “de diversos países da América Latina em menos de 33 horas”.

– Todas as amostras chegaram em condições satisfatórias graças ao uso de caixas para resfriamento automático especiais, que controlam a temperatura durante todo o transporte – explicou, em entrevista ao site da principal entidade do futebol mundial.

Após cada partida do Mundial, dois jogadores de cada seleção terão que passar pelo exame antidoping e a expectativa é que o resultado saia antes que qualquer um deles possa atuar novamente. “Nós vamos fazer todo o esforço para prover à Fifa os resultados antes da próxima partida”, garantiu Martial Saugy, diretor do laboratório suíço.

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Dezenas de jogadores já começaram a ter seu sangue e urina colhidos de forma inesperada antes mesmo da Copa. Pela primeira vez na história, todos os atletas serão testados antes de a bola rolar. Mas diante do fracasso do Brasil em ter um laboratório capaz de fazer os exames, o transporte de centenas de amostras até a Suíça vai exigir operação especial e custos extras.

O objetivo da Fifa era o de realizar os testes de doping antes e durante o Mundial no Rio. Mas o Ladetec perdeu seu credenciamento na Wada depois de erros grosseiros com testes de diversos atletas. Sem poder contar com o trabalho no Rio, a Fifa teve de apelar ao Laboratório Suíço de Análise de Doping (LAD) para assumir a tarefa.