O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, cobrou, nesta quarta-feira ao ministro Guido Mantega, que o governo amplie, “em mais 60 dias”, o prazo de recolhimento de impostos como forma de “dar fôlego” no curto prazo ao setor produtivo no momento de crise internacional e recuo na questão creditícia.

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– Hoje o setor produtivo financia em 49 dias, ou seja, as empresas pagam impostos e, em média, recebem do cliente depois desse tempo. Isso é um absurdo e seria até a oportunidade para medida do governo federal, estadual, de alongar o prazo – pediu Skaf, dirigindo-se também ao secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, na abertura do seminário Fiesp Lide, na capital paulista.

– Ampliar em uma semana não vai resolver. Se fossem 60 dias a mais para recolhimento, isso irrigaria de forma linear a todos e daria fôlego para recuperar a economia no ano de 2012 – completou Skaf.

Segundo o empresário, há 30 anos as empresas tinham até 180 dias para recolher impostos e “compravam, produziam, e recebiam para depois pagar impostos”. Com o recuo da inflação, as empresas passaram a dar mais prazo aos clientes “e o prazo para o recolhimento do imposto foi alongado só um pouquinho”.

Para o médio prazo, Skaf defendeu o barateamento do preço da energia elétrica que, segundo ele, no Brasil é um dos mais caros no mundo. No longo prazo, o presidente da Fiesp pediu investimentos em infraestrutura e educação.

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– Os problemas da Grécia e da Espanha dizem respeito a eles. A nossa parte temos que fazer – afirmou Skaf.