O executivo da Câmara de transportes e logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) encara com preocupação o novo modelo de manutenção de rodovias estaduais, apresentado, ontem, pelo governo. Segundo Egídio Martorano, é louvável o aumento de investimentos, mas, ainda, é insuficiente para a real necessidade.

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— Temos hoje 40% da malha rodoviária em estado deplorável. Pode resolver em casos pontuais, mas longe do que precisamos. Nossa análise técnica aponta a necessidade de R$150 milhões/ano para manutenção e conservação das estradas catarinenses — diz Martorano.

Outra preocupação do executivo é quanto ao modelo de gestão. O estado vai repassar os recursos para as associações de municípios que vão se articular em consórcios municipais. Estes vão executar as obras e o governo estadual irá fiscalizá-las.

— Quem vai dizer qual a prioridade? Outra questão é o custo. Teremos 21 usinas de asfalto? Esse investimento é muito alto. E são vários equipamentos necessários nos canteiros de obras, todos caríssimos.

A Fiesc defende parcerias público-privadas e concessões para as SC’s. A partir de agora, o governo promete repassar R$10 milhões por mês para manutenção de estradas. Em 2019, R$74 milhões devem ser investidos e, no ano que vem, R$120 milhões. Confira os valores investidos nos últimos anos e o prometido para 2019/20:

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Manutenção das rodovias estaduais:

  • 2016 R$70 milhões
  • 2017 R$ 59 milhões
  • 2018 R$ 21 milhões
  • 2019 R$ 74 milhões
  • 2020 R$ 120 milhões