A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) comunicou nesta terça-feira o Clube Atlético Metropolitano, de Blumenau, de que não pretende renovar o acordo para o aluguel do estádio do Complexo Esportivo Bernardo Werner, o Sesi, a partir de 2020.
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Segundo nota enviada à imprensa, a decisão foi tomada porque a Fiesc pretende direcionar o complexo esportivo para atividades como oferta de serviços de saúde, educação e qualidade de vida ao trabalhador da indústria.
A definição segundo a Fiesc teria sido tomada em conjunto com o setor industrial de Blumenau, que acordou comunicar o clube apenas o fim da participação do Metropolitano no Campeonato Catarinense 2019.
A nota da Fiesc afirma ainda que, no entendimento da entidade, o complexo “não tem a estrutura exigida pelo futebol profissional” e que isso exige uma série de adequações ano após ano, que força a federação a fazer investimentos que não estariam alinhadas com a atividade fim.
“A decisão não está associada, sob qualquer aspecto, ao relacionamento com o clube, em respeito ao qual a Federação tratou o tema com a transparência necessária e realizou comunicação com a devida antecedência, sendo que o Metropolitano pode continuar utilizando as instalações até o final do ano”, finaliza a nota.
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Caso o clube decida participar da Copa Santa Catarina deste ano, ainda poderá usar o estádio – a restrição ao aluguel vale a partir do próximo ano. Atualmente, segundo a diretoria do Metropolitano, o clube pagava cerca de R$ 10 mil por jogo para alugar o estádio.
“Às vezes é um mal que vem para bem”, diz presidente do Metropolitano
O presidente do Clube Atlético Metropolitano, Valdair Matias, foi comunicado em reunião na tarde desta terça. Ele afirma que agora o clube vai precisar atacar em duas frentes. Uma delas é a busca pela construção do Estádio Municipal. O mandatário afirma que o clube vai planejar uma ida a Brasília no início de maio para buscar recursos.
A outra aposta do Metrô sem poder contar com o Sesi deve envolver outras cidades da região. Como o Estádio Municipal ainda vai precisar de tempo para sair do papel, a ideia inicial do clube é jogar a segunda divisão do Campeonato Catarinense de 2020 de forma itinerante, mandando jogos em cidades como Timbó, Indaial e Ibirama. Segundo Matias, essa seria uma forma de fazer com que toda a região metropolitana seja contemplada com jogos em casa. Para isso, o clube pretende verificar a adequação desses estádios, ver o que a federação exige, o custo disso e se seria possível contar com parcerias das prefeituras.
– É claro que o Sesi hoje é praticamente a nossa casa. É a casa do torcedor e isso implica em outras situações, acarreta dificuldades. Agora é correr contra o tempo, agilizar. Às vezes é um mal que vem para bem, porque poderemos agilizar a construção da nossa casa, como hoje já temos o CT. Se tivermos nossa casa, custos também serão amenizados – defende o presidente.
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