Com a conclusão de um estudo inédito sobre a atual situação da BR-101, que corta a faixa litorânea do Estado de Norte a Sul, a Federação Nacional das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) promete fazer pressão para que a rodovia opere em condições melhores.
Continua depois da publicidade
O documento que será entregue na semana que vem ao Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e bancada catarinense mostra um trecho Norte esgotado e pendente de obras de melhorias e prevê que no Sul a duplicação se estenda por mais quatro anos – com liberação de toda a pista só para o fim de 2017 (quando a previsão inicial era 2009).
– É uma combinação de atrasos que, sem soluções, tende ao colapso – projeta Glauco José Côrte, presidente da Fiesc, ao observar os dados sobre a rodovia onde diariamente há registro de congestionamento.
Os levantamentos feitos pelo engenheiro Ricardo Saporiti, consultor da entidade, mostram que faltam somente 8,6% do total (cerca de 20 quilômetros) para a concluir a duplicação do trecho Sul. Mas o volume de dinheiro necessário representa mais de 60% do que foi investido até agora. São quase R$ 2 bilhões. Isso porque os serviços mais complexos, como pontes e túneis, ficaram para o final.
Continua depois da publicidade
No Norte, as perspectivas não são nada boas: além do atraso de mais de 80% das obras previstas para o contrato da Autopista Litoral Sul, empresa que administra a rodovia, a pista já duplicada tem operado com o dobro de sua capacidade. Por isso há necessidade, segundo a Federação, de um estudo de ampliação da rodovia.
DNIT, responsável pelas obras de duplicação do trecho Sul, e Autopista Litoral Sul, concessionária do trecho Norte, informaram que vão analisar o estudo para depois se manifestarem.