Um estudo feito pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em 2013 apontou que para tirar do papel as obras de infraestrutura estratégicas para a indústria catarinense seria necessário um investimento de R$ 3 bilhões. Apenas o setor rodoviário demandaria R$ 1,8 bilhão em recursos de obras – o segmento é o que reúne o maior montante de projetos estratégicas no Estado.

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Na lista de obras, as rodovias federais (BR-101, BR-470, BR-282, BR-280 e BR-116) são as principais do levantamento da Fiesc. O setor ferroviário é o segundo com maior volume de projetos estratégicos, segundo o levantamento: projetos como o acesso ferroviário aos portos de Santa Catarina demandariam R$ 420 milhões em investimentos.

O governo do Estado tem dois programas que prometem aumentar o volume de obras e dinamizar a economia de Santa Catarina: o Pacto por Santa Catarina, que soma R$ 10 bilhões em recursos para serem investidos direta ou indiretamente – é uma versão local do PAC do Governo Federal – e o Fundo de Apoio aos Municípios, que distribuirá R$ 585 milhões às prefeituras catarinenses.

Pelo menos nas obras de infraestrutura, que tem 36% do valor total do Pacto, o programa tem dado resultado. Os investimentos bateram um recorde histórico, totalizando R$ 1,496 bilhão em 2013, 48,5% a mais do que em 2012. O volume aplicado aumentou especialmento nas rodovias estaduais, que tem recebido asfalto novo ou sua primeira pavimentação e passado por reformas em seus pontos críticos, aqueles que concentram mais acidentes.

Na contramão desse processo, a comparação entre o orçamento de investimentos federais em 2013 e 2014 apontou uma queda de quase 19% nos recursos da União que serão aplicados em Santa Catarina. Neste ano, o número deve cair para R$ 1,3 bilhão, de acordo com o orçamento de 2014 da União, em comparação com os R$ 1,6 bilhão do ano passado.

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Ao mesmo tempo, no balanço de 2013, as transferências voluntárias da União para o Estado caíram 2,4%. Conta que só fecha quando se analisa o volume de recursos emprestados para o governo estadual, um total de R$ 2 bilhões, uma alta de 24% (R$ 387 milhões, para ser mais preciso) que tem como principal financiador o BNDES.