A queda no desempenho da indústria teve reflexo na perda de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no último trimestre de 2008, segundo avaliação da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

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– Nesse primeiro momento, os setores industriais mais prejudicados pela desaceleração econômica mundial e que impactaram no PIB são aqueles voltados para as exportações e ao segmento de bens de capital e consumo duráveis – disse nesta terça-feira o presidente em exercício da Fiergs, Bolivar Moura, ao avaliar os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Confira gráfico:

Apesar da queda do consumo das famílias e do investimento, a maior influência no resultado agregado veio da indústria, que recuou 7,4%, o pior desempenho desde o período de outubro a dezembro de 1996, quando a queda foi de 7,9%.

– Existe um fato concreto, ou seja, a crise global está disseminada e forte. E os seus impactos na economia brasileira se mostraram mais intensos do que se imaginava inicialmente – avaliou Moura.

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Para ele, o resultado do PIB foi influenciado, principalmente, pela contaminação do mercado de trabalho, com ênfase no setor industrial, a diminuição de crédito na economia e a piora na confiança do consumidor, que retraiu os seus gastos.

Nesse cenário, apenas o consumo do governo segue em expansão. Segundo o industrial é preciso estar atento ao momento adverso e coordenar as políticas fiscal e monetária de tal forma a permitir que o Brasil tenha mais condições de enfrentar essa crise.

– Devemos olhar com atenção a qualidade do gasto público e priorizar investimentos que possam ser revertidos em ganhos de produtividade para a economia brasileira no futuro – salientou o industrial.

As informações são do site da Fiergs.