Uma fiel foi condenada após perseguir um padre e incendiar duas vezes uma igreja no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O caso ocorreu em maio de 2022 e a condenação é da Vara Criminal da Comarca de Navegantes, no Litoral Norte. A ré poderá recorrer da decisão.
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De acordo com a Justiça, o primeiro episódio ocorreu em maio do ano passado. A mulher teria ateado fogo no depósito de gás do salão paroquial da igreja matriz com o uso de substâncias inflamáveis. Seis dias depois, ela voltou ao local e iniciou um segundo incêndio, desta vez em uma cruz, enquanto ocorria a celebração de uma missa.
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Além disso, segundo o processo, desde 2018 ela perseguia o sacerdote da paróquia, ameaçando a integridade física e psicológica do homem. Primeiro ela começou a mandar cartas e presentes ao religioso, mas sem resposta. Depois, começou a frequentar mais as missas e, em seguida, passou a ameaçar o padre e a família dele nas redes sociais, usando imagens, o que gerou desconforto e preocupação na época.
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No processo, a defesa argumentou que a ré estava em surto psicótico. Porém, exames de sanidade mental apontaram o contrário, segundo a Justiça: “[ela] apresentava à época dos fatos capacidade de entendimento dos seus atos e capacidade de se determinar de acordo com esse entendimento”.
A juíza Marta Regina Jahnel disse na ação que as provas apontam que a mulher foi autora dos fatos, principalmente por conta dos depoimentos prestados em juízo e na fase final. Também há elementos da culpabilidade, entendida como requisito do crime e pressuposto da pena.
A mulher foi condenada a nove anos e 10 meses de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multa. Ela segue presa preventivamente desde maio de 2022 e não poderá recorrer da decisão em liberdade.
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