Será ao acordar pela manhã, ao entrar no ônibus, ao dar o primeiro passe no treinou ou ao vestir a camisa verde e amarela? O atleta da CSM/Pré-Fabricar/FME, Felipe Paradynski dos Santos, ainda não sabe quando se dará conta que foi convocado para a seleção brasileira de futsal adulta em lista divulgada aos atletas no domingo pelo técnico Marcos Sorato.

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– A ficha ainda não caiu – responde perplexo com a novidade.

Felipe vestirá a camisa heptacampeã mundial – conquistou o título no último domingo, na Tailândia – pelo Desafio Internacional de Futsal, que acontece em São Bernardo do Campo (SP), dia 25, e em Palmas (TO), dia 27, contra a seleção da Colômbia, quinta colocada no mundial.

– Quando vi que estava entre os quinze não acreditei. Corri para avisar meus parentes e amigos para dividir a alegria. Foi o dia mais feliz da minha vida – descreve o pivô.

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Depois do encerramento do patrocínio da Malwee no fim de 2010, esta foi a primeira vez que um jogador de Jaraguá do Sul foi convocado para a seleção principal. Felipe fica orgulhoso de reiniciar esse ciclo e acredita que foi chamado por causa de sua atuação na seleção sub-20.

– Posso ter surpreendido o treinador durante os treinos da categoria de base. Eles sempre estavam lá de olho nos mais jovens. Agora, quero retribuir esse reconhecimento – declara.

Além de Felipe, o treinador brasileiro chamou mais três jovens revelações do futsal nacional: Neguinho, Douglas e Alex, todos do Corinthians. A lista confirma a tendência de renovação do grupo.

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– Muitos jogadores já se despediram nesse mundial e isso abrirá portas para uma nova geração. Assim como pintou uma chance para mim, virá para outros. Basta trabalhar muito e com humildade – confia o atleta.

Felipe, que é natural de Ijuí (RS), chegou a Jaraguá do Sul em 2010 para reforçar o projeto Futsal Menor (mantido pela FME e Colégio Evangélico Jaraguá). Desde então, marcou 397 gols.

Antes atuou pelo time de São João Batista (SC), em 2007 e 2008 e Camboriú, em 2009. Saiu muito cedo de casa e acredita que o apoio da família foi fundamental para chegar onde chegou.

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– Sofri bastante por ter saído com 11 anos de casa, mas agora vejo que todo o esforço foi recompensado – desabafa.