A socialite Regina Gonçalves acusa o ex-motorista de mantê-la presa em um apartamento do edifício Chopin, localizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, por 10 anos. Entretanto, foi somente em maio de 2022 que os vizinhos fizeram uma denúncia anônima ao Ministério Público devido ao sumiço da moradora. As informações são do g1.
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Neste domingo (28), Regina falou pela primeira vez sobre o caso em uma entrevista exclusiva ao Fantástico. Segundo ela, José Marcos Chaves Ribeiro, o ex-motorista, a impedia de ter contato com outras pessoas.
— Ele pegava o celular…. Eu vivia assim… Sem poder ter contato com ninguém. E tudo do jeito que ele pensava e depois saía, eu ficava. Eu ficava em cativeiro — contou ela ao Fantástico.
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Regina era conhecida por dar festas extravagantes no apartamento luxuoso de mil metros quadrados, em uma área nobre do Rio de Janeiro, onde morava. Viúva e sem filhos, ela herdou uma fortuna bilionária quando o marido, Nestor Gonçalves, morreu há 30 anos. Ele era fazendeiro, empresário e chegou a ser dono do parque gráfico que produzia os baralhos Copag, populares no Brasil.
Segundo os vizinhos, há 10 anos, a socialite deixou de ser vista nas áreas comuns do edifício. Na época, eles tentaram entrar em contato com Regina, mas sem sucesso. Os moradores afirmaram que os telefones dela eram usados e sempre atendidos pelo ex-motorista de Regina.
Em ligações ou pessoalmente, ele vinha sempre com negativas evasivas, alegando doença para não falarem diretamente com ela. O Fantástico tentou contato com José Marcos, mas sem sucesso.
Relacionamento amoroso
Segundo José Marcos, os dois viveram um relacionamento amoroso e registraram uma união estável em 2021, quando ele estava com 50 anos e ela, 85. Regina, entretanto, nega que os dois viveram juntos.
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— Ele era apenas um chofer e um chofer sem condições — conta ela.
Os advogados de Regina dizem que vão contestar a escritura de união estável entre os dois. A notícia de um suposto romance entre os dois chocou a família e amigos próximos. Carlos Queiroz, sobrinho de Regina, diz que desconfiou.
— Por causa da idade dela. Ela tinha feito um pacto. Depois que meu tio morreu, o marido dela, ela nunca mais iria casar. Era apaixonada por ele. Era tudo para ele, para ela, né? Achei estranho — fala o sobrinho.
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Fuga
Regina ficou com José Marcos no apartamento por 14 anos. No dia 2 de janeiro deste ano ela conseguiu sair sozinha e foi para casa do único irmão vivo que também mora em Copacabana. Segundo a socialite, foi uma fuga.
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— Eu resolvi fugir. Resolvi pôr um final nisso. O dia que eu fui procurar a casa do meu irmão, eles se assustaram. Eu havia emagrecido mais de 30 quilos. Tava osso puro — fala.
A família diz que ficou horrorizada com o estado de saúde dela e entrou com um pedido de proteção para a socialite. A Justiça concedeu a medida protetiva no dia seguinte e José Marcos tem que ficar no mínimo 250 metros longe dela.
— Quantas mulheres com a idade dela passam por situações parecidas? Então significa que ela é duplamente vítima. Ela é vítima por ser mulher e vítima por ser idosa. É muito difícil a palavra da vítima, nessa idade, ser realmente reconhecida. E ela fala com toda grandeza o que ela passou — diz a advogada de Regina.
No dia 6 de janeiro, policiais foram até o apartamento. Mas, pelos relatos dos agentes, os porteiros disseram que José Marcos saiu na hora em que viu a viatura chegando. Dias depois, José Marcos declarou à Justiça que Regina só saiu de casa porque teve um surto decorrente de seu estado frágil e de confusão mental.
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Mesmo com a medida protetiva, ele conseguiu na Justiça o direito de ser o curador dela e ganhou poderes pra administrar todo o patrimônio da socialite — assim como estava previsto na união estável.
O que diz a defesa de José Marcos
Além de procurar José Marcos, a reportagem também tentou falar com a defesa do ex-motorista sobre as acusações da família de Regina por telefone e por mensagens. Entretanto, o advogado afirmou que não daria entrevistas.
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