A Chapecoense é a campeã da Copa Sul-Americana. A Conmebol oficializou o título ao time após analisar pedido encaminhado pelo adversário da final, o Atlético Nacional, de Medellín. Com isso, a equipe já tem garantidos US$ 2 milhões para se reconstruir depois do acidente aéreo ocorrido no dia 29, quando morreram 71 pessoas, entre jogadores, integrantes da comissão técnica, convidados e profissionais da imprensa.
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— Fica uma sensação de justiça, porque tínhamos certeza de que a Chapecoense seria campeã. Esse título tinha que ser nosso — disse o presidente do clube, Ivan Tozzo, em entrevista coletiva realizada na Arena Condá nesta segunda-feira.
Além de engordar a galeria de troféus e o cofre, a conquista classifica automaticamente a Chapecoense para dois torneios internacionais em 2017, o que significa mais dinheiro. Pela Libertadores da América, serão no mínimo US$ 1,8 milhão pelos três jogos na primeira fase, podendo aumentar se o Verdão avançar na competição. Pela Recopa, em partida única contra os próprios colombianos, outro US$ 1 milhão.
Conforme o presidente, a CBF doou R$ 5 milhões ao clube e prometeu a realização de um amistoso entre as seleções do Brasil e da Colômbia, em local e data a confirmar, com renda revertida para os familiares das vítimas do acidente. E há a receita advinda dos sócios: na última semana, o quadro de associados passou de 9 mil para 23 mil pessoas e a adesão de outras 50 mil está sendo processada. As modalidades variam de R$ 20 a R$ 100 mensais.
O calendário do time para a temporada que vem conta ainda com o Campeonato Catarinense, da Copa do Brasil e a Série A do Campeonato Brasileiro – e as cotas de cada competição. Só por estar na elite do Brasileirão, por exemplo, o clube recebe uma verba que gira em torno de R$ 25 milhões. Todos o capital arrecadado será destinado ao pagamento das despesas com os funerais, à remontagem da equipe e a melhorias na estrutura, assegura a diretoria.
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— O planejamento começou hoje. Temos que definir nosso departamento de futebol, para só então passarmos a pensar em profissionais para a comissão técnica e para o plantel. Agradecemos os clubes que estão oferecendo atletas, mas nossa filosofia é outra. Temos uma categoria de base forte e queremos jogadores comprometidos com a Chapecoense. Muitos atletas já estão mapeados — afirmou Tozzo, sem citar nomes.
Segundo o dirigente, o perfil procurado para o próximo treinador é de alguém “com títulos brasileiros, experiência internacional e que seja conhecido da casa”. Já está certo que o goleiro Nivaldo irá pendurar as luvas e será o segundo na hierarquia do departamento de futebol. Os planos incluem também a ampliação do centro de treinamento e reformas na Arena Condá. Que ninguém duvide se a Chapecoense se tornar maior do que jamais foi.
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