A internet 5G chega ao Brasil cercada de expectativas de transformar o cotidiano com velocidade ultrarrápida e a possibilidade de integração de diversos dispositivos. O otimismo se justifica pela experiência do 4G, que deu os primeiros passos no Brasil em 2013. A tecnologia elevou de patamar a qualidade de conexão móvel dos brasileiros e permitiu inovações como as ferramentas de delivery e o transporte por aplicativo.
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Perto de receber 5G, SC ainda tem localidades sem acesso a redes móveis; entenda
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SC tem 90% dos moradores atendidos por redes móveis e 4G, mas ainda não há acesso às tecnologias que permitiram essas mudanças de hábitos de consumo em bairros do interior de cidades como Angelina, na Grande Florianópolis. A cidade tem o terceiro menor alcance de 4G no Estado, com apenas 26% dos habitantes com conexão.
Sem sinal de celular, os moradores do bairro Garcia dão seu jeito para conseguirem se comunicar e incluir a tecnologia na rotina. O telefone fixo até chega ao bairro, mas segundo moradores está constantemente sem sinal devido a algum rompimento na fiação.
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A principal forma de comunicação é a internet por fibra óptica. O cabeamento instalado na cidade há alguns anos supriu uma carência das localidades e permitiu aos moradores o acesso a uma conexão mais estável. É ela, em geral, que garante as ligações pelo Whatsapp ou o uso de redes sociais como o Facebook.
Ainda assim, quando há queda de conexão ou mesmo de energia, os moradores voltam a ficar sem contato. Outro problema é que o serviço exige o pagamento de uma mensalidade, o que dificulta o acesso para famílias carentes. A aposentada Maria Eliane da Silva, 60 anos, diz que essa é a única forma de conseguir ter uma forma de usar o celular e se comunicar com os conhecidos.
— Para a gente que é pobre, é meio puxado, mas é o meio que a gente tem para fazer contato com a família — diz.

A casa de Maria Eliane também tem outros dois meios de comunicação que já foram predominantes no bairro Garcia, mas que estão em desuso nos últimos anos. Uma delas é a internet via rádio. As anteninhas ainda podem ser vistas em frente às casas em algumas localidades, mas a conexão já não atrai tantas pessoas.
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Outra solução é o telefone rural com antena externa. O aparelho que fica em casa é como um aparelho fixo, mas ele permite uma espécie de “roteamento” de internet para utilizar outros dispositivos. Para isso, no entanto, é preciso comprar um pacote, como o de dados móveis nos planos de celular.
Na casa de Maria Eliane, o aparelho já não é mais a principal forma de comunicação.
— Hoje ele toca uma vez no ano, dá um susto na gente — brinca a moradora.
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