O Jogo das Estrelas neste sábado, em Fortaleza, novamente foi uma festa bonita, com vitória da equipe formada pelos destaques nacionais, o NBB Brasil, sobre o NBB Mundo, por 126 a 116. Mas, no final, o secretário-geral da Fiba Américas, Alberto Garcia, fez uma dura advertência: quer um trabalho melhor da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e disse que a vaga do país anfitrião nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, não está garantida de antemão.

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– Estamos muito preocupados com a administração da CBB. A situação financeira da entidade está muito ruim – afirmou o dirigente argentino.

Alberto Garcia conversou com o secretário-geral de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. Ambos pretendem convocar uma reunião com Carlos Nunes, o presidente da CBB, para aclarar as coisas. Por enquanto, Garcia faz questão de ameaçar a entidade, para que ela se mexa. Ele diz que o Brasil ainda não quitou a doação à Fiba, relativa ao convite para a Copa do Mundo de basquete da Espanha, que começa no final de agosto. O valor é de 1 milhão de francos suíços (cerca de R$ 2,6 milhões).

Segundo Alberto Garcia, a CBB pagou uma parte do valor (que não soube precisar) e se compromete a quitá-lo até 2016, mas ele não vê condições de que isso seja cumprido:

– A CBB tem de mudar sua gestão. Falta-lhe credibilidade. É claro que é impensável o Brasil organizar os Jogos de 2016 e não participar no basquete. Mas essa vaga não está garantida. O Brasil terá que fazer bom trabalho na Copa do Mundo e terá que participar do Pré-olímpico também.

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Alberto Garcia diz que o Brasil manifestou interesse em sediar os Pré-olímpicos masculino e feminino de 2015, mas não pagou as taxas.

– A taxa de cada evento era de US$ 15 mil. Se o Brasil não tem US$ 30 mil, o que se pode dizer do basquete brasileiro – disse.