MARCÍLIO DE MORAES

Editor-assistente de Economia do Jornal Estado de Minas

Marco no processo de desenvolvimento econômico de Minas Gerais na segunda metade do século XX, a Fiat Automóveis foi a mola propulsora de Betim, que se transformou de um município concentrado na atividade agropecuária até a década de 1970 na segunda cidade mais rica do Estado, só atrás de Belo Horizonte.

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Essa mudança ocorreu em dois momentos. No primeiro, quando a montadora italiana inaugurou a fábrica em Betim, em 1976, e no segundo, quando desenvolveu seu programa de “mineirização” de fornecedores, no início da década de 1990.

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No esforço para atrair a Fiat, o governo mineiro forneceu o terreno de 2 milhões de metros quadrados, implantou toda a infraestrutura e ainda entrou como sócio, com 46% do capital de US$ 155 milhões na época. A participação acionária do Estado foi se reduzindo com a expansão da fábrica e hoje o Estado não tem mais nenhuma participação acionária na Fiat.

Em 1990, a Fiat iniciou um programa de mineirização de fornecedores. Mais de cem empresas de autopeças se instalaram num raio de até 50 km da fábrica. Na década de 1990, a população ocupada em Betim cresceu a uma taxa de 8,71% ao ano.

Entre 2000 e 2010, mais de 36 mil empregos foram criados em Betim. O número é maior do que a população da cidade em 1970. Hoje, Betim responde por cerca de 9% da riqueza produzida em Minas, com um PIB de pouco mais de R$ 25 bilhões.

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