– É mais fácil falar o futuro do euro do que o do PSDB.
Com estas palavras, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso referiu-se – durante uma breve visita à capital argentina na terça-feira – ao cenário que desponta sobre o partido dos tucanos.
Continua depois da publicidade
– A política é imprevisível – frisou o ex-presidente, levantando ironicamente a sobrancelha direita.
No entanto, destacou a importância das prévias que o partido – que em 2013 completará um quarto de século de existência – fará para definir qual será o candidato à prefeitura de São Paulo.
– Começa a existir um interesse em função da prévia. Isso é importante – sustentou.
Continua depois da publicidade
Mas, depois ressaltou que “é muito cedo, ainda falta muito tempo para as eleições”. Cardoso preferiu não emitir preferências sobre os atuais pré-candidatos do PSDB:
– Se eu tivesse um preferido, não poderia dizê-lo.
O ex-presidente afirmou que “quem deve definir isso são os delegados (do partido). E eu não sou delegado…”. Cardoso indicou que as acusações existentes sobre irregularidades na gestão do prefeito Gilberto Kassab devem ser analisadas pela Justiça:
– Ora, como disse o presidente Lula e a presidente Dilma, temos que ver. Deixa a Justiça julgar.
Sobre a “faxina” exigida por setores da população à presidente Dilma, Cardoso afirmou que será “inevitável”:
Continua depois da publicidade
– A pressão da opinião pública é tão grande que ela terá que tomar medidas, porque não há alternativas.
O ex-presidente afirmou que a Comissão da Verdade “é importante”:
– Temos que virar essa página. Eu fui o primeiro a criar uma comissão para reconhecer o que havia sido feito. E pedi desculpas pelos excessos do Estado brasileiro.
No entanto, FH considera que a comissão não deve ter “espírito de revanchismo”. Mas, ressaltou que “as pessoas tem o direito de saber o que aconteceu.