As famílias de baixa renda continuam sentindo mais fortemente os efeitos da inflação. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos mensais (R$ 415 a R$ 1.037), e que subiu 2,20% no primeiro trimestre deste ano.

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O resultado ficou acima do apurado em igual trimestre do ano passado (2,09%), pelo mesmo índice, e foi superior ao apurado pelo IPC Brasil – que mede a inflação entre as famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos (R$ 415 e R$ 13.695), e terminou o período com alta de 1,43%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa é a primeira divulgação do índice IPC-C1, que será anunciado trimestralmente pela instituição. Ainda segundo a fundação, nos 12 meses encerrados em março de 2008, o IPC-C1 registrou variação de 5,99%.

A instituição esclareceu, em comunicado, que nessa taxa acumulada, “a maior pressão de alta sobre o índice foi exercida pelo grupo Alimentação, que avançou 10,83%. Com esta elevação, o grupo respondeu por 69% da formação da taxa do IPC-C1 (acumulado em 12 meses)”.

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