As pessoas que foram diretamente atingidas pela tempestade de granizo segunda-feira em Lages, na Serra de Santa Catarina, e sofreram estragos nos imóveis e veículos, poderão sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

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Nem todos os moradores da cidade receberão. Um levantamento dos estragos está em andamento pela prefeitura e Defesa Civil, os documentos serão analisados pela Caixa Econômica Federal e as pessoas beneficiadas serão chamadas.

Nesta quinta-feira, um novo temporal atingiu a cidade. Árvores foram destruídas pela força do vento, casas foram destelhadas e 35 mil unidades consumidoras ficaram sem luz. Houve ainda um protesto de moradores por falta de telhas e lonas para cobrir as casas atingidas pelo temporal.

Com a situação de emergência decretada segunda-feira pelo prefeito Elizeu Mattos já homologada pelo Estado, outros procedimentos são necessários para a liberação do benefício.

O gerente geral da Caixa em Lages, Luís Antônio Pacheco de Andrade, explica que o próximo passo é a publicação do decreto no Diário Oficial da União por parte do Ministério da Integração Nacional. Em seguida, a Defesa Civil precisará comprovar os estragos e delimitar geograficamente as áreas atingidas.

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Telhas são distribuídas em todos os bairros. Foto: Sandro Scheuermann

Os documentos serão analisados pela Caixa e, se tudo estiver certo, as pessoas começarão a ser convocadas. Para poder sacar o FGTS é preciso comprovar residência de no mínimo 120 dias antes da ocorrência do granizo no imóvel atingido, mesmo que seja alugado.

Cumpridas todas as etapas e exigências burocráticas, o cidadão finalmente será considerado apto ao benefício. O gerente da Caixa explica que cada pessoa poderá sacar até R$ 6.220, independente da renda e classe social.

– Todo o processo vai demorar de 60 a 90 dias, e precisaremos fazer uma força-tarefa para atender a todos, pois será muita gente. É importante que as pessoas não procurem a Caixa antes de serem chamadas para não gerar tumulto desnecessário.