Opções de embarcação não faltam no 6º Festival Náutico Tedesco Marina, em Balneário Camboriú. Inclusive para os marinheiros de primeira viagem. Mas comprar o primeiro barco requer muitos cuidados e atenção em detalhes que podem passar desapercebidos.
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É preciso evitar a empolgação do momento, não se iludir na primeira proposta e evitar o que pode parecer uma oferta irresistível. O alerta é de vendedores, que dão dicas para quem está interessado realizar um sonho de consumo de poder desbravar rios e mares.
– O ideal é pegar um barco seminovo, de marca confiável e que esteja em bom estado – resume o gerente comercial da BoatSul, Rodrigo Melo.
Ele explica que comprar uma embarcação com um a dois anos de fabricação pode trazer menos frustração para o cliente. Isso porque uma lancha nova pode desvalorizar pelo menos 20% em um ano. Rodrigo também indica que o cliente pesquise as marcas mais conhecidas e leve um mecânico de confiança. Ainda dá uma dica preciosa para a hora do experimentar o barco.
– O melhor é fazer o test drive em mar agitado e com a família junto. É quando você percebe se o barco é bom – acredita Rodrigo.
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Para o diretor comercial da Vip Boat, Mário Sérgio Sergenti, o cliente precisa procurar uma empresa conceituada que possa atender a sua necessidade. E o bom vendedor precisa descobrir o que o cliente quer.
– A gente vai oferecer dentro do que a pessoa precisar, do que pode pagar e para que ela quer comprar um barco – comenta.
Sergenti diz que o futuro dono de um barco precisa saber onde vai guardar a embarcação e orienta que, pelo menos nas primeiras viagens, tenha a companhia de um marinheiro, que vai explicar os melhores pontos para navegar e evitar obstáculos, como pedras por exemplo. E, claro, tenha em mente que terá um gasto mensal para manutenção.
– Em média, gasta-se 1% do valor do barco por mês para mantê-lo em um lugar seguro. E se tiver um marinheiro, percentual valor pode subir para 1,5% – diz Sergenti.
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Primeira escola náutica do país fica em Balneário Camboriú
Desde julho do ano passado, uma lei obriga que, além do teste teórico, os interessados em conseguir carteira de motonauta, arrais, mestre e capitão precisam também passar por exames práticos. Em Balneário Camboriú, um dos locais em que o mercado náutico mais cresce no Brasil, foi instalada a primeira escola náutica do país e que também está presente no festival.
São eles os responsáveis pelas aulas práticos aos interessados em pilotar jet skis, lanchas e outros tipos de embarcação. E para cada uma das habilitações, há uma carga horária específica. Motonautas passam por três horas de curso e os outros, seis horas.
O motonauta pode apenas conduzir jet skis, o arrais pode navegar a no máximo 1 milha (1,61 km), o mestre até 20 milhas (32 km) e o capitão por águas oceânicas. Quem tiver interesse, pode fazer o teste prático durante o festival e, no fim de semana, já responder às questões da prova teórica, já que a Capitania dos Portos também está com um estande no local.
– Damos quatro horas de curso e encaminhamos todos os documentos necessários para tirar a habilitação – diz o instrutor Mayckon Gottardi, da Rafael Despachante Marítimo.
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O documento é válido por 10 anos e para retirá-lo, o candidato terá de pagar uma taxa de R$ 40 para realizar a prova teórica, mais os valores dos cursos práticos e teóricos, que ficam em torno de R$ 1,2 mil. A empresa também faz toda a documentação necessária para registrar a embarcação, que precisa ter licença, número de inscrição, seguro obrigatório e um responsável com habilitação.