O fim de semana foi agitado no 37º Festival de Dança de Joinville. O público pôde conferir uma programação variada e diferente dos outros anos. Tinha espaço para toda a família, inclusive para quem quisesse levar o cachorro de estimação. Durante o domingo, o Dog Dance Day contou com a participação de cães e seus tutores em um palco montado especialmente para eles, próximo à feira da sapatilha. Também foram realizadas a competição de K-pop entre dez grupos no Teatro Juarez Machado, além do Dança Para Quem Não Dança, com o professor Nilberto Lima de Souza.

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A programação do Dog Dance Day contou, inclusive, com votação de melhor figurino entre cachorros. Entre os que concorreram, estava a dona de casa Gelci Ferreira Oliveira com a pug Akira, que estava vestida de bailarina. O figurino foi produzido pela própria Gelci, especialmente para a programação. Ela ficou até às 2 horas da madrugada de domingo (21) costurando para preparar a Akira para o evento.

– Achei tudo muito legal. O objetivo desse figurino da Akira foi o de justamente homenagear os bailarinos que tanto embelezam a nossa cidade – completa.

O mediador do evento foi o professor de danças típicas Jesse Cruz. Segundo ele, esse é o primeiro evento realizado tanto no Festival de Dança, quanto o que se tem registro no país. Jesse considera uma ótima oportunidade de interação e contato com a arte, e também entre os tutores dos animais com seus donos.

– A gente percebe como essa interação faz bem até mesmo para que as pessoas façam mais exercícios físicos. O cachorro acaba sendo o estímulo para o dono sair de casa, muitas vezes, caminhar e se exercitar – acrescenta.

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Estilos diversificados

Dez grupos apresentaram coreografias de K-pop
Dez grupos apresentaram coreografias de K-pop (Foto: Salmo Duarte, A Notícia)

A programação do fim de semana também contou com a primeira apresentação de K-pop. O estilo, que é sensação entre muitos adolescentes, deriva do inglês korean pop, que significa música pop coreana. Os bancos do teatro ficaram lotados de apreciadores, amigos e familiares também dos bailarinos. Foram dez coreografias apresentadas por grupos de diferentes regiões do Brasil e os três vencedores levaram prêmios em dinheiro; R$ 1,5 mil para o primeiro colocado, R$ 800 para o segundo e R$ 300 para o terceiro.

O grupo vencedor, Kulture Kaos, é de Joinville e já participou das competições do Festival de Dança apresentando danças urbanas. Neste ano, eles viram que a programação contemplaria o estilo e, por ser algo diferente e desafiador, resolveram participar.

– Essa é a nossa primeira competição, já que é a primeira vez que o Festival abre espaço para esse gênero, e estamos muito felizes por termos começado tão bem – diz o bailarino integrante do grupo, Eduardo Fabrini Costa.

Primeiros passos

Festival de Dança não é só para quem sabe dançar. Prova disso, foram os alunos que participaram da edição do Dança Para Quem Não Dança. O professor Nilberto, também conhecido pelo apelido Nil, atualmente mora em Orlando, nos Estados Unidos, mas veio ao Brasil especialmente para participar do Festival. Durante o domingo, Nil apresentou alguns passos de hip-hop para os alunos. Alguns deles, nunca tiveram contato com o mundo da dança.

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– Eu pude ver aqui que poucas pessoas dançavam, mas hoje todos dançaram. Todos podem seguir ritmos – destaca ele.

Entre os alunos estava o colombiano Santiago Jimenez Ospina, de 25 anos. Ele mora há dois meses em Joinville para trabalhar em uma empresa da cidade na área de engenharia e, segundo ele, não sabe dançar. Mas depois de ver que seria oferecida a oficina durante o festival, Santiago aproveitou a oportunidade.

– Apesar de eu gostar de dançar, o que eu sei mesmo é jogar futebol. Mas foi muito legal participar, perder a vergonha – pontua.

Leia a cobertura completa do 37º Festival de Dança de Joinville.