Um Festival de Dança de Joinville nunca é igual ao outro e isso não deve-se apenas às diferentes coreografias apresentadas a cada ano. A programação transforma-se enquanto acompanha os movimentos percebidos no Brasil e no mundo, e adapta-se ao público de Joinville para garantir que o evento não seja apenas para os 9 mil participantes, mas também para a comunidade da cidade-sede.
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Em 2019, as novidades concentram-se principalmente na programação paralela batizada de + Dança. São atividades que estão relacionadas à dança, mas segmentam-se em áreas que vão da criação artística a relacionamentos empresariais, passando por opções de lazer e entretenimento. Elas ocorrem entre 20 e 22 de julho na Saltare Centro de Dança, Teatro Juarez Machado, Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Centro de Convenções Alfredo Salfer e Feira da Sapatilha.
— Queremos fazer um "parque de diversões" nestes dias. A ideia é permitir que pessoas que ouvem falar do Festival de Dança mas por um motivo ou outro não vem, ou se sentem constrangidas, possam participar de outra forma — explica Ely.
Dentro do evento, a grande mudança é a criação de uma seletiva ao vivo para as variações de balé clássico de repertório. Elas ocorrerão na quarta-feira, com 73 apresentações que serão avaliadas para que, só então, sejam definidas as que participarão da Mostra Competitiva.
Local de negócios e parcerias
Não é só de estudantes de dança que se faz o Festival de Joinville e, por isso, a programação deste ano também contempla atividades para empresários e comerciantes que vêm à Feira da Sapatilha, reconhecidamente a maior da América Latina no gênero, e para diretores de escolas e de companhias e coreógrafos que queiram apresentar seus projetos. Como Joinville é o local que reúne o maior número de pessoas da área da dança no mesmo período no Brasil, é o momento para garantir estes encontros.
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— Essa troca de olhares garante um respiro. Nós sabemos que essas coisas já aconteciam nos bastidores, mas é importante ter um lugar para oficializar e abrir estes "sub eventos" é essencial — avalia o coreógrafo Caio Nunes, do Rio de Janeiro, que atua como curador artístico do Festival de Joinville ao lado de Ana Botafogo e Rui Moreira.
Foi, aliás, esta proximidade que o Festival de Dança proporciona que garantiu que ele, que atua no jazz e nos musicais, desenvolvesse um projeto com a bailarina clássica Ana Botafogo, do Theatro Municipal do Rio. Em 21 de julho, eles promoverão o lançamento nacional deste projeto em uma sala do Centreventos Cau Hansen.
— Nós já nos conhecíamos, claro, mas participar juntos da curadoria do Festival garantiu essas conversas, saber o que o outro está fazendo e desenvolver essa parceria. É um projeto que envolve arte e entretenimento, o ABC Dream — conta ele, que também lançará outro projeto, o XDance, em 22 de julho, em Joinville.