As gerações que passaram pelo Festival de Dança de Joinville em 37 edições foram homenageadas na cerimônia de abertura que ocorreu na noite desta quarta-feira (17) no Centreventos Cau Hansen. Ela marcou o início do evento, considerado o mais importante na América Latina e o maior do mundo em número de participantes, dado que é superado a cada ano e que chegou à marca de 9.100 inscritos em 2019.
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Foi com as lembranças da primeira edição, que ocorreu em 1983 ao mesmo tempo em que Santa Catarina vivia uma das piores enchentes de sua história recente e mesmo assim mais de 600 pessoas do país se reuniram em Joinville para um evento inédito, que o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz, abriu seu discurso.
Ele destacou a importância das pessoas que amam a arte e, por isso, fazem de tudo para estar em Joinville no mês de julho, e as trajetórias que estes estudantes de dança tem a partir do momento que escolhem dedicar-se à profissão.
Recordou a história de mulheres que vieram na adolescência, nos anos 1980 e retornam para dançar três décadas depois; e de meninas que dedicam-se durante o ano não só para ensaiar suas coreografias mas para arrecadar recursos que garantam o pagamento das despesas da viagem.
Este ciclo faz parte também da trajetória da responsável pelo espetáculo que emocionou e levantou a plateia na Noite de Abertura. Com “O Musical dos Musicais”, a coreógrafa Fernanda Chamma – que tem o Festival de Joinville como o primeiro festival de dança que ela participou na vida, há 33 anos – conseguiu criar uma linha narrativa que permitisse que histórias tão diferentes quanto “Alô, Dolly” e “Bohemian Rhapsody” fizessem parte do mesmo show.
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O prefeito de Joinville, Udo Döhler; e o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, também discursaram. No encerramento, a coreógrafa e os coordenadores da equipe técnica receberam flores da curadoria artística do evento, Ana Botafogo, Caio Nunes e Rui Moreira.

Mais de 4 mil pessoas acompanharam o espetáculo
Com um elenco formado por 28 atores que tem no currículo as grandes produções que Fernanda Chamma coreografa no eixo Rio-São Paulo, o palco de Joinville se transformou em uma mini Broadway. Trechos de clássicos do teatro musical foram apresentados com momentos de peças populares.
O público, formado por mais de 4 mil pessoas do país inteiro, entre estudantes de dança, bailarinos, coreógrafos, turistas e joinvilenses, foi à loucura com a exibição dos múltiplos talentos dos artistas, que cantaram, dançaram e interpretaram durante o espetáculo.
Para Fernanda Chamma, a experiência é importante não só para quem pretende seguir carreira na arte, mas para toda a sociedade.
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— O musical acrescenta na carreira de qualquer profissão porque você se expressa por meio da palavra e do movimento. Ele permite maior liberdade de expressão. Então, fizemos arte e trouxemos o novo para o Festival — avalia Fernanda.