As mostras competitivas do Festival de Dança de Joinville são o momento auge do ano para estudantes e bailarinos de todos os lugares do país e já tornaram-se o motivo pelo qual muitas coreografias são criadas e ensaiadas à exaustão para que os movimentos executados em frente à uma banca especializada e a um público de até 4 mil pessoas sejam perfeitos.

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Para quem mora em Joinville, participar da programação é quase natural, mas estar na Mostra Competitiva é tão difícil quanto para os outros inscritos de outros Estados. Neste ano, foram 3.361 coreografias inscritas para que 331 fossem selecionadas para compor a Mostra Competitiva (categorias júnior e sênior) e o Meia Ponta (categoria infantil). Destas, 16 são de Joinville, apresentadas por seis grupos da cidade. No total, 20 grupos se apresentam no evento, incluindo a programação do Palco Aberto.

O Grupo Fernando Lima AZ Arte, criado a partir da união de uma companhia profissional e uma escola de dança de Joinville, soma 17 coreografias a serem apresentadas nos próximos 12 dias. Com isso, não só fortaleceram o nome dos dois grupos dentro dos festivais, mas também reuniram em um mesmo espaço a trajetória do bailarino do início da vida à fase adulta.

O gaúcho Paulo Roberto Zanchin Jr, 25 anos, tem formação técnica em dança, dá aulas em três escolas e ensaia com o Grupo Fernando Lima para a coreografia "Desnude", que será apresentada em 22 de julho na categoria conjunto sênior de Dança Contemporânea. Ao mesmo tempo, acompanha os ensaios de Alice Melatti, 10 anos, que apresenta um solo de dança contemporânea no Meia Ponta.

A menina, que praticamente cresceu dentro da escola de dança da mãe, começou as aulas de dança contemporânea aos oito anos, em uma turma formada por adolescentes e adultos, já que não há demanda para formação de turma infantil deste gênero.

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— As referências sempre tem que acontecer, quando a criança e o adolescente veem o adulto. E é legal eles terem a noção de ver os mais velhos ainda participando. É a questão do degrau, de ensaiar para o Palco Aberto e depois passar para a competição, de cumprir essa trajetória — afirma a proprietária do Grupo AZ Arte, Sheila Melatti.

Confira a cobertura completa do Festival de Dança de Joinville de 2019