O 35º Festival de Dança de Joinville chegou ao fim no sábado à noite com mais uma sensação de ser um grande sobrevivente em meio à crise econômica que influencia também as companhias profissionais e os eventos culturais no Brasil. Com orçamento de R$ 4,9 milhões e patrocinadores diminuindo suas contribuições, o mais importante evento de dança da América Latina não sofreu cortes nem abalos.
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Pelo contrário: manteve o número de participantes, que no ano passado havia chegado ao seu recorde (7.800 pessoas), aumentou o tamanho da Feira da Sapatilha e ampliou a oferta de cursos, chegando ainda mais perto do objetivo de ser mais auto-sustentável.
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Atualmente, a locação de estantes da Feira da Sapatilha, os cursos e a bilheteria representam metade do orçamento utilizado para viabilizar o Festival. A outra parte é paga com apoio financeiro do Governo do Estado e com patrocínios diretos e indiretos.
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— Os patrocinadores diminuíram um pouco o valor, mas conquistamos outros dois e, por isso, houve um equilíbrio. Há outras empresas que nos procuram, mas tentamos evitar conflitos de patrocinadores do mesmo setor — afirma o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz.
Na Feira da Sapatilha, maior concentração de expositores de produtos de dança do continente, uma leve queda nas vendas foi sentida, mantendo o mesmo ritmo de vendas dos últimos dois anos. Mesmo assim, Ely sublinha que todos os expositores já afirmaram que tem interesse em retornar em 2018 – alguns com estantes maiores.
No fim do mês de agosto, a diretoria do Instituto Festival de Dança se reúne com a curadoria artística para analisar os pontos positivos e negativos do evento deste ano, buscando soluções para os problemas percebidos durante a edição.
Nela, a diretoria já deve chegar com algumas propostas concretas de mudanças para serem avaliadas pelos curadores, Ana Botafogo, Thereza Rocha e Caio Nunes — este último assumindo a vaga de Mônica Mion, que completou o ciclo de três anos como consultora do Festival de Joinville. A reunião de bailarinos com história no Festival de Joinville, voltando à cidade para um espetáculo especial — que comumente ocorre a cada cinco anos, em ‘aniversários’ — fez tanto sucesso que poderá tornar-se mais frequente.
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Entre as novidades deste ano a serem analisadas estão a ampliação dos dias do evento, que neste ano começou um dia antes para valorizar os cursos. Segundo Ely, questões de regulamento e o número de apresentações a cada noite da Mostra Competitiva também estarão em discussão.
— Precisamos ter um cuidado para não afetar os participantes, mas, também, pensar no espectador. O Festival é como um transatlântico: é muito pesado para mudar de rota de uma vez só. Tudo precisa de muito estudo e discussão — avalia.
Confira quem foram os premiados na Noite dos Campeões
GRUPO REVELAÇÃO

Grupo Saikyou de Yosakoi Soran de Acema, apresentou a coreografia Kibou no Kaze, na categoria Danças Populares Conjunto Sênior.
MELHOR COREÓGRAFO

Premiado o coreógrafo Henry Camargo, responsável pela coreografia Congruência, do Grupo Kahal School, na categoria Danças Urbanas Duo Sênior.
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MELHOR BAILARINO

Premiado Marcos Silva, do Grupo Cia de Ballet Adriana Assaf, apresentou a coreografia Diana & Acteon na categoria Balé Clássico de Repertório Variação Masculina Sênior.
MELHOR BAILARINA

Premiada Fran Manson, do Grupo Cia Sigma Sheng, apresentou a coreografia Khawala na categoria Danças Urbanas Solo Feminino Sênior.
MELHOR GRUPO

Grupo Sheila’s Ballet, apresentou a coreografia Seamus na categoria Danças Populares Conjunto Júnior.