O Festival de Dança de Joinville foi criado há quase 40 anos, conquistou notoriedade nacional e ainda foi reconhecido como o maior do mundo em número de participantes. Mesmo com esses resultados positivos, os organizadores têm apostado em novidades para fortalecer ainda mais o espetáculo.
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Em 2022, por exemplo, a programação ganhou atrações que aumentam a pluralidade para abraçar seus diferentes públicos e torná-lo um festival para todos. Segundo o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz, o evento busca melhorar a qualidade artística com o aprimoramento das noites competitivas e a criação de novos eventos paralelos.
— O festival procura se reinventar todos os anos. Temos plena consciência que um evento que continua fazendo as mesmas coisas há algum tempo cai no esquecimento, se esvazia — comenta.
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A principal novidade da edição que marca a volta do festival totalmente presencial — a última aconteceu no formato híbrido por causa da pandemia — é o Festival 40+, uma atração voltada para o público com mais de 40 anos. Serão 31 coreografias divididas em três categorias: Dança de Salão, Dança Coreográfica e Dança Popular.
— Estamos ampliando tanto em termos de faixa etária, quanto em termos de entendimento do que é cultura, dança e arte. São muitos eventos e isso traz gente nova, olhares novos — explica Diniz.
Um dos exemplos de expansão da visão artística e cultural do Festival de Dança é o retorno do Encontro das Ruas. O evento foi criado há cerca de 15 anos e contou com a participação de nomes importantes da cultura urbana, como Criolo e Emicida. Porém, foi cancelado por alguns anos porque “estava se repetindo”, segundo Ely Diniz.
Neste fim de semana, a atração será retomada com um novo formato, em que agrega diversas expressões artísticas, como grafitagem, slam (poesia) e batalha de MCs. Além disso, haverá competições de breaking olímpico, inclusive com seletivas do Campeonato Brasileiro, válido para classificação para as Olimpíadas de 2024.
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Incluindo novos públicos
Outra estreia no Festival de Dança de 2022 é a Major Ball, no último dia do evento. É uma atração inspirada no movimento cultural “ballroom”, criado na década de 1960, nos Estados Unidos, como forma de celebrar a diversidade de gênero, raça e sexualidade. Por meio de categorias dançadas ou não, as pessoas presentes podem competir pela melhor performance em diversos segmentos.
Os fãs dos anos 1980 também terão uma série de atividades para participar ao longo da programação do festival. Todos os dias, acontece o Momento Flashback, com aulas abertas de passinho para todos os públicos na Feira da Sapatilha.
Os interessados ainda poderão dançar na Noite do Passinho, neste sábado (23), comandada pelo Baile Charme do Viaduto de Madureira, do Rio de Janeiro, e de grupos de flashback catarinenses. E, no mesmo dia pela manhã, haverá um aulão de dança de passinho na avenida Beira-rio, que será totalmente fechada para o evento.
Para quem não dança e quer aprender diferentes estilos também haverá uma atração especial com aulas abertas ao público na Feira da Sapatilha. O “Dança para Quem não Dança” é gratuito e acontece diariamente, às 12h15min.
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A inclusão também estará presente na Mostra Dança para Todos, voltada para pessoas com deficiência, que integra a programação dos palcos abertos do festival. A atração é voltada para iniciativas que trabalham a dança de forma inclusiva e busca democratizar o acesso ao evento. Serão grupos de instituições e companhias de diferentes estados brasileiros.
Mais de 2 mil coreografias em 12 dias de evento
A 39ª edição do Festival de Dança de Joinville acontece até o próximo fim de semana e terá 550 grupos com apresentações durante todo o evento. Foram selecionadas 2.075 das 4,1 mil coreografias inscritas neste ano, quebrando o recorde de 2019. Para o presidente Ely Diniz, a expectativa é a melhor possível para o retorno de uma edição totalmente presencial.
— Estamos muito ansiosos de ver isso acontecer e nos preparamos para que seja o melhor e o maior festival que já foi feito. E acreditamos que isso vai acontecer — garante.
A noite de abertura do festival foi marcada pela apresentação da coreografia “O Lago dos Cisnes”, do Balé Teatro Guaíra, a terceira companhia de dança mais antiga do país. Neste domingo (24), acontece a noite de gala com “ST Tragédias”, dirigida por Ana Botafogo e Marcelo Misailidis, que completam três décadas de parceria. A apresentação unirá as obras “Otelo, o Mouro de Veneza” e “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, ao som de Tchaikovsky.
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Entre as noites especiais, há ainda a mostra competitiva, que começou na última quarta-feira e segue até o dia 28. Serão 195 coreografias de oito gêneros apresentadas por 99 grupos. Quem preferir apresentações gratuitas poderá prestigiar o trabalho de bailarinos diariamente em palcos abertos espalhados por Joinville. Outras cidades também terão as estruturas montadas, são elas: Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul.
As mesmas cidades também terão pontos de transmissão da mostra competitiva nos chamados “Fan Mix”, neste sábado e domingo. Os espaços possibilitam ao público ver as apresentações, interagir com dançarinos presentes nos locais e ter acesso a intervenções artísticas e gastronomia. Haverá ainda uma programação especial da “Fan Mix” no Floripa Airport, em Florianópolis, neste fim de semana.
O evento tem também outras atrações já consolidadas, como o K-Pop Joinville Festival, que chega ao terceiro ano voltado aos fãs da cultura pop coreana. Serão apresentados hits, coreografias e lipsyncs no Teatro Juarez Machado neste domingo, a partir das 15 horas. E nos últimos dois dias de evento haverá apresentações dos campeões nas categorias júnior, do Meia Ponta e do sênior.
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Além disso, durante todos os dias de Festival de Dança, os visitantes e bailarinos poderão ter acesso à Feira da Sapatilha, com 121 expositores de produtos e serviços. A programação completa do evento pode ser conferida no site do festival.
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