É oficial. O Festival Brasileiro da Cerveja se consolidou e entrou de vez para o calendário de eventos de Blumenau. Tanto que a data da 5ª edição já está marcada: de 20 a 23 de março de 2013. Um dos principais ganhos, para os organizadores, é Blumenau se tornar uma referência no setor cervejeiro, em especial, o artesanal.
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A intenção é buscar o título de Capital Nacional da Cerveja. Em relação ao evento, os expositores e o público aprovam, mas fazem ressalvas em alguns pontos, como a falta de restaurantes que sirvam uma refeição, não só petiscos.
– Um evento como este, que traz público qualificado, produtos de qualidade e até uma competição internacional, mostra que as pessoas não vem aqui só para beber, mas sim para aprender. Blumenau, hoje, é uma referência cervejeira no país – afirma o presidente do Parque Vila Germânica, Norberto Mette.
Uma das primeiras grandes mudanças do festival foi a data. Nas edições de 2010 e 2011, o evento ocorreu em novembro, um mês após a Oktoberfest. A ideia da mudança, segundo o presidente do Blumenau Convention & Visitors Bureau, Emil Chartouni, era desvincular os eventos, pois têm objetivos e características diferentes.
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O diretor de Marketing e Comunicação da Associação das Cervejarias Artesanais de Santa Catarina (Acerva), Douglas Rodrigues, que também é produtor artesanal, aponta a divulgação como ponto positivo. Em 2010, segundo ele, quando o evento foi retomado – a primeira edição ocorreu em 2005 -, a divulgação falhou na hora de explicar os objetivos do festival:
– Hoje, todo mundo sabe que o festival existe para divulgar as cervejarias, os vários tipos, composições, ingredientes e formas de fazer uma cerveja. E o que é mais importante pra gente, conseguimos ter um retorno do público, que é essencial.
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E não é só o setor cervejeiro que sente o impacto do festival. O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Blumenau e Região (Sihorbs), Richard Steinhausen, diz que os hotéis, por exemplo, ganharam em termos qualitativos e quantitativos, pois este tipo de evento atrai um público que gasta mais e sempre vem acompanhado, normalmente com toda a família:
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– É um ciclo: o hotel hospeda, os fornecedores de comida vendem mais, as lavanderias trabalham mais, as locadoras de carro alugam, os postos de combustíveis vendem e por aí vai. Isso ocorre também nas cidades vizinhas.
No entanto, para o festival em si, ainda há ajustes que podem ser feitos. Rodrigues levanta a questão das bandas, que ainda não encontraram a função correta dentro do pavilhão. Para o gerente de produção da Cervejaria Das Bier, de Gaspar, Leandro Schmitt, o que mais incomoda é a diferença entre os estandes. Para ele, se o objetivo é divulgar as marcas, todos deveriam ocupar o mesmo espaço.
O sócio-gerente da Cervejaria Bierland, de Blumenau, Eduardo Krueger, acredita que seria legal se houvesse uma separação mais nítida entre artesanais e caseiras. Todas as sugestões e críticas são aceitas pela Vila Germânica, afinal, o festival não tem uma forma rígida.
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A organização já começou a planejar mudanças para o ano que vem. Segundo Mette, os organizadores querem agregar mais valor ao evento, trazendo parceiros como o Festival Gastronômico, mas ainda não há nada definido. (Colaborou Raquel Vieira)