Celebrando as portas abertas à comunidade, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) encerra o Festival Internacional de Arte e Cultura José Luiz Kinceler nesta quarta-feira (12). Misturando arte, música e sustentabilidade, o evento oferece uma conexão profunda com as expressões artísticas e cumpre o papel de representar o propósito do homenageado: unir o ambiente acadêmico com a sociedade.

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Entre as atividades oferecidas, a feirinha de consumo sustentável é uma das que mais atrai visitantes. São brechós, roupas com modelagem ecológica e até bancas de cosméticos naturais. Edmauro Andretti é um dos expositores e, quando comenta a iniciativa, não esconde a paixão pelo que faz.

A linha de cosméticos naturais – de Edmauro e da esposa Carla – surgiu pela necessidade do cuidado com a filha Beatriz. Depois de largaram os empregos para dedicarem-se à maternidade e paternidade, eles mudaram hábitos e investiram nos cosméticos que não agridem o meio-ambiente para propagar o novo estilo de vida.

— Muita gente pensa que o cosmético natural é caro, mas não entende que você pode estar economizando agora, em uma pasta de dente, e poluindo o oceano. Isso faz com que os peixes sejam extintos, por exemplo, e aí você gasta mais ainda. É um investimento em saúde e bem-estar — analisou Edmauro.

Arte urbana e clássica a céu aberto

Como parte da programação do FIK, as argentinas Vanessa Galdeano e Analí Chanquía pintaram um segundo mural na Udesc. A arte que brinca com as dimensões da pintura e causa até ilusões de espaço ficará como um “presente” das pintoras para a comunidade da Udesc.

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O painel foi pintado com ajuda de um equipamento que ergue as pintoras. No desenho, as cores mostram a interação da arte urbana com o ambiente. E, no canto superior, a obra ganhou um pedacinho de Florianópolis como inspiração. O céu foi colorido com tons semelhantes aos daqui para registrar a conexão das argentinas com Santa Catarina.

No ateliê de cerâmica da Udesc, outra artista argentina expõe o seu ponto de vista artístico por meio do Festival. Vilma Villaverde, escultora que até já morou no Brasil, deixa em Florianópolis a primeira escultura ao ar livre da América Latina.

Mural do FIK 2020
Mural do FIK 2020 (Foto: Tiago Ghizoni)

Homenagem ao propósito de Kinceler

Desenhista, pintor, ceramista, escultor e professor de artes visuais, José Luiz Kinceler é o homenageado do Festival. O nome dele foi escolhido pela importância do seu propósito: aproximar todos do conhecimento artístico executado nas salas e corredores das universidades.

Kinceler era Natural de Curitiba e atuou nos cursos de graduação e do Programa de pós-graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Udesc. Morreu em 2015, aos 54 anos, em Florianópolis. Para Isabela Sielski, viúva do homenageado, o Festival oferece à comunidade em geral a oportunidade de participar de várias atividades relacionadas as diferentes linguagens.

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— Quando o conhecimento acadêmico que ocorre no âmbito do ensino, da pesquisa e extensão propicia a experiência no campo científico, faz avançar pesquisas de grande relevância social. Quando chega à comunidade, permite trocas efetivas de saberes que enriquecem e ampliam as áreas do conhecimento — analisa.

Escultura Vilma Villaverde
Escultura Vilma Villaverde (Foto: Tiago Ghizoni)

Encerramento com shows nesta quarta

As atividades de encerramento desta edição estão programadas para começar a partir das 18h da quarta-feira, dia 12, na Rua Eduardo Gonçalves d´Ávila, em frente à Udesc. As atrações contam com a apresentação de Roda de Rendeiras e Ratoeiras, do Grupo Africatarina e da Bateria Show da Escola de Samba União da Ilha da Magia.

— Assim como em 2018, vamos encerrar o festival fazendo um pré-carnaval com a apresentação da Escola de Samba União da Ilha — destaca a coordenadora do Festival, Cristina Rosa.

Além das atrações artístico-culturais, haverá opções de alimentação com foodtrucks na rua, que será fechada para a realização das atividades. O evento conta com apoio do Museu da Escola Catarinense, da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.

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