Festival Catavídeo começa nesta sexta, em Florianópolis, exibindo 70 filmes e destacando as webséries

O que Jerry Seinfeld e Lisa Kudrow têm em comum? Depois de fazerem muito sucesso em séries televisivas, os astros de Seinfeld e Friends estão atualmente em cartaz na internet. Enquanto Kudrow dá uma de psicóloga em Web Theraphy (Terapia na Internet) e Seinfeld manda muito bem em Comedians in Cars Drinking Coffee (Comediantes em Carros Tomando Café), a tendência é que as séries, no mesmo formato exido pela TV, se espalhem pela internet. É essa novidade que destaca o 14º Catavídeo – Mostra de Vídeos Catarinenses.

O evento, em cartaz a partir hoje, na Fundação Cultural Badesc, na Capital, busca democratizar a exibição e o acesso à produção audiovisual.

A mesa de abertura do Catavídeo, hoje, às 19h, terá presentes Jotagá Crema, diretor da websérie 3%, que ficou no top 5 da MTV das melhores séries nacionais, e Rodrigo Araújo, diretor da websérie Remakers, feita em Santa Catarina.

– O formato de websérie se popularizou com o Youtube, que entrou no ar em 2005 e se fortaleceu em 2006 – explica Jotagá.

Em 3%, o diretor extrapola a pressão a que os jovens são submetidos ao entrar no mercado de trabalho.

Para Jotagá, a internet abre a possibilidade de mais pessoas realizarem seus projetos e democratiza o acesso aos vídeos. Foi essa possibilidade de fazer acontecer que atraiu Rodrigo Araújo para a internet. Sua websérie catarinense Remakers, que conta a história de sete viajantes do tempo, fará a estreia em Florianópolis.

– No Brasil, para fazer cinema ou TV, a pessoa depende de um edital ou de conhecer alguém do ramo, um patrocinador. E projetos de terror ou ação raramente são contemplados. Existe um complexo de vira-lata de achar que esses filmes pertencem a Hollywood – garante Rodrigo.