Festival catarinense recebe filme que foi exibido em Cannes na França

O Festival Internacional de Cinema Ambiental (FICA) de Garopaba, no Sul catarinense, acontece entre os dias quatro e nove de novembro. A terceira edição do “FICA Garopaba” exibirá obras cinematográficas regionais, nacionais e internacionais, ao todo serão 30 filmes.

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Um dos grandes destaques do evento será o filme ‘A Queda do Céu’, produção nacional que abrirá as mostras de cinema na Praça Central de Garopaba, a partir das 19h do dia quatro de novembro. A obra é um documentário dos diretores Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha.

— Esse filme passou por mais de 10 países no exterior, inclusive pelo tradicional festival de Cannes, na França. O longa conta a história dos indígenas Yanomami, principalmente sobre a luta contra o garimpo ilegal no seu território, com imagens inacreditáveis — conta Cristovam Muniz, coordenador do festival.

Além de Garopaba, o FICA tem ações previstas em Imbituba, Laguna e Florianópolis. Além das produções feitas em solo catarinense e brasileiro, o festival conta com diversas obras de países como Espanha, Bolívia e Venezuela.

— Garopaba por exemplo não tem nem cinema. Além disso, o complexo que a gente tá trabalhando, que é Garopaba, Imbituba e Laguna, tem uma questão ambiental muito forte. Então na hora de escolher o local para o festival pensamos tanto no pouco acesso da população ao cinema quanto os fatores ambientais — complementa Cristovam.

Ao todo serão 30 filmes divididos em cinco mostras diferentes: infantil, contemporânea, anticolonial frantz fanon 99, pindorama e vozes veladas, com filmes catarinenses. Durante os cinco dias de evento, esperam-se mais de 2 mil e 300 pessoas somente em Garopaba assistindo as obras. A programação completa pode ser acessada através das redes sociais do Fica Garopaba.

O Projeto Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba – 3ª edição é realizado com recursos do Prêmio Catarinense de Cinema, edição especial Paulo Gustavo/2023.

— Em Santa Catarina, temos uma grande produção de filmes, mas eles acabam não sendo exibidos. Os eventos recebem pouco dinheiro para isso, acho que precisamos de políticas públicas para maior valorização do que é produzido aqui no estado — conclui o coordenador.

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