Só quem escolhe permanecer no ninho, mesmo entre idas e vindas pelos palcos do mundo, reconhece as próprias carências. A cantora Ana Paula da Silva rodou por muitas estradas se alimentando do que, infelizmente, chegava pouco em Joinville. E fez o contrário dos que abandonam o cenário vazio. Ela resolveu, por iniciativa própria, criar aquilo que gostaria que a cidade oferecesse aos ouvidos.
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O Festival Aldeia de Todos os Cantos é o “minimundo perfeito” da artista. O evento, apesar de durar apenas três dias, é um avanço para a música popular autoral local. Nele, a joinvilense cuida de cada detalhe, assim como costuma fazer com a produção dos próprios discos e shows nestes 19 anos de carreira.
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O formato pequeno e intimista, mas rico em pluralidade musical, é repetido há três edições. A deste ano ocorrerá no galpão de teatro da Ajote, com patrocínio via edital do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura de Joinville (Simdec) e 11 apoiadores – um alívio para a produção, que no ano passado precisou contar apenas com parcerias e bilheteria.
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Na programação, a ideia original de contemplar músicos sem apelo comercial do exterior e de outros Estados brasileiros é mantida. Mas também há acréscimo de talentos que, assim como Ana Paula, escolheram batalhar pela cena local.
Jam sessions, oficinas e programação infantil
O Mesa Três, trio de instrumentistas formado por Alex Riman, Cadu Floriano e Michel Falcão, abre o festival nesta sexta, às 20h. Na sequência, a dupla Chico Saraiva & Susana Travassos, executa canções do disco Tejo-Tietê, que une Brasil e Portugal pela música. João Arruda, de São Paulo, e o trio argentino Ay Juanita, atrações deste sábado, também apresentam novidades sonoras.
Para receber o Aldeia de Todos, o espaço ganhará uma nova formatação para criar um clima de “fique à vontade”.
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– Como nos outros dois anos, o formato de arena será mantido, com os músicos ao centro, o público em torno e cenário, mais uma vez, de Caren Negrelli, criando um ambiente intimista – adianta a produtora.
No final das duas noites de apresentações, o agito continua na Pizzaria Napolitana (Rua Dona Francisca, 4.726) para uma jam session, que também receberá outros talentos locais. Os músicos convidados poderão ser reencontrados em três oficinas gratuitas ministradas na Casa da Cultura.
– Um festival tem de trazer um leque de oportunidades. Não só na hora do show – defende Ana Paula.
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O último dia do evento é dedicado às crianças. O educador Jorge Luiz Hoffmann, autor do livro Ovo Mágico, vai trabalhar com a vivência infantil na Casa Iririú. A entrada é gratuita e não é necessário fazer inscrição.
Agende-se
O quê: 3º Festival Aldeia de Todos os Cantos
Quando: sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 16h
Onde: Galpão de Teatro da Ajote, na Cidadela Cultural Antarctica (Rua 15 de Novembro, 1.383, Joinville). No domingo, a programação ocorre na Casa Iririú (Rua Guaíra, 634, Joinville)
Quanto: ingressos para sexta e sábado a R$ 20, R$ 10 (meia) e R$ 15 (com a doação de um quilo de alimento – somente na bilheteria nos dias dos shows). Vendas antecipadas pelo site enjoyevents.com.br, em O Sebo Livraria e no Restaurante Capitão Space. No domingo, a entrada é gratuita.
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Oficinas: violão e canção, com Chico Saraiva, hoje às 14h. Viola e batuques com João Arruda, hoje às 16h. Ritmos argentinos com integrantes do Ay Junita, amanhã às 14h. O encontros serão na Casa da Cultura (Rua Dona Francisca, 800, Joinville). As inscrições podem ser feitas pelo telefone (47) 3433-2266