A mais famosa festa espanhola, a de São Firmino, não escapa da crise econômica que atinge o país e está sofrendo os efeitos ao ver os participantes reduzirem gastos durante os festejos.
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Como em anos anteriores, as ruas de paralelepípedos da cidade de Pamplona (norte) nestes dias ficam repletas de pessoas de todo o mundo atraídas pelo ambiente festivo e pelas corridas de touros diárias, que todas as manhãs reúnem centenas de bravos que correm na frente de animais de meia tonelada. Mas os hotéis registram taxas de ocupação mais baixas, e as vendas nos restaurantes e nos bares caem, já que as pessoas optam por comida feita em casa e por comprar a cerveja e a sangria nos supermercados durante os nove dias de festa de São Firmino, que começou na sexta-feira.
Luis Armendariz, gerente do Café Iruña, um local de estilo parisiense frequentado no passado por Ernest Hemingway e com vista para a Plaza del Castillo, afirmou que espera que as vendas neste São Firmino sejam entre 15% e 20% inferiores em relação às de 2011. Este ano se apresenta como o pior para os negócios desde o início da crise econômica na Espanha após a explosão da bolha imobiliária, em 2008, que elevou as taxas de desemprego a 24% da população economicamente ativa, acrescenta o proprietário de 48 anos.