Chegou o momento mais esperado do ano para a Serra catarinense. Pelos próximos 10 dias, a região mais fria do Brasil será também a mais tradicionalista, a mais festeira, a mais feliz.

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Neste ano, a Festa do Pinhão completa quatro décadas e se consolida como uma das principais festividades do país. E se não fosse o bastante, a edição que começa nesta sexta-feira se torna especial ao marcar o 25º aniversário de nacionalização do evento.

E se são 25 anos de nacionalização, também vale destacar os 40 anos de criação. Afinal, muito antes de alcançar fama nacional, a Festa do Pinhão já foi uma pequena celebração municipal. Tudo começou em 14 e 15 de julho de 1973, no Calçadão da Praça João Costa, no Centro de Lages. O objetivo era integrar as famílias lageanas, aproveitar a grande quantidade de pinhão disponível nas araucárias e inserir um evento anual na rotina do município.

Na ocasião, o calçadão recebeu duas Barracas da Amizade com comidas típicas, desfile da rainha e das princesas e apresentações de músicos locais. A festa se repetiu em 1974 e 1975, foi interrompida por 12 anos e voltou a ocorrer apenas em 1987. Dois anos depois, em 1989, ganhou o caráter nacional e nunca mais foi interrompida.

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A Festa do Pinhão mobiliza toda a Serra catarinense e atrai turistas de várias partes do país. Estima-se que o evento atraia 300 mil pessoas e movimente mais de R$ 6 milhões na economia local. Só em impostos, são gerados cerca de R$ 1 milhão para o município de Lages. E no Parque de Exposições Conta Dinheiro são mais de mil empregos temporários.

O evento também gera renda aos 900 estabelecimentos comerciais, aos dois mil leitos da rede hoteleira – quatro mil em toda a região -, às cerca de 30 pousadas alternativas, aos 50 restaurantes, 30 postos de combustíveis, 200 taxistas e a outras várias opções de produtos e serviços.

Só no comércio, por exemplo, as vendas geralmente crescem entre 20% e 30% em relação à semana anterior ao evento. Na rede hoteleira, a lotação é total nos dois finais de semana, especialmente no segundo, com o feriadão de Corpus Christi.

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E além dos ganhos econômicos, destaca-se a melhora no astral do município. É explícito e inegável que a cidade de Lages fica mais bonita e feliz durante a Festa do Pinhão. O assunto domina as rodas de conversa, principalmente entre os jovens, e os problemas, ainda que só por alguns dias ou horas, parecem ficar de lado.

– A Festa do Pinhão tem o poder de integrar e gerar a sensação de unidade entre as pessoas, que falam quase que uma só língua. Trata-se do momento de maior alegria em Lages, pois em nenhuma outra cidade se canta e se dança tanto quanto por aqui – analisa o psicólogo Charles Andrade Medeiros.

Assim, para celebrar o momento, o DC criou um caderno especial para contar a história e prospectar o futuro deste evento que orgulha os catarinenses e só tende a crescer cada vez mais.

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