Depois de comandar três shows lotados à frente do Teatro Mágico em Blumenau, Fernando Anitelli desembarca nesta quinta-feira na cidade para uma apresentação diferente. O vocalista de uma das bandas mais amadas dos últimos anos traz um set solo e acústico, dando uma pausa nas superproduções pelas quais o grupo é conhecido:

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– O Teatro Mágico pede completamente outras atenções no palco, é outro estado de espírito. A pressão sonora é outra, tudo muda. Estar sozinho, conversando, tocando violão, mostrando as bases e histórias da trajetória é outra narrativa.

No show, Anitelli fala sobre canções consagradas com a banda, como O Anjo Mais Velho, Sonho de uma Flauta e Camarada d’Água. A ideia é que o público conheça e se sinta ainda mais próximo do compositor. Em entrevista ao Anexo, o músico falou sobre o novo formato e o papel do artista como formador de opinião.

Qual é o grande diferencial desse show acústico? Por que investir nesse formato?

A maioria das minhas canções surge primeiro no violão, é com ele que fico horas buscando algo interessante, é o primeiro esboço sonoro. Sempre gostei de conhecer o material na “primeira ideia”, na raiz, é a canção sem as influências de outras atenções no arranjo. É como se dissecássemos a flor do som, assim a canção se mostra nua, plena e mais graciosa do que nunca.

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Quais sucessos podemos esperar no show?

Perdoando o Adeus, Pena, Da Luta, Amanhã Será, Ana e o Mar e Nosso Pequeno Castelo, entre outros.

Você tem amigos em Blumenau, já esteve aqui algumas vezes e em todas lotou os shows no Teatro Carlos Gomes. Como sente essa relação com a cidade?

Muito boa. Quero sempre ficar mais dias do que o previsto. Quando tenho tempo vou ao Factory (Coffe Bar, na Avenida Beira-Rio). Pessoas queridas, som de primeira e comida boa!

Você participou do último TEDx compartilhando sua história com o público. Como encara essa troca de experiências do artista com os fãs?

Com muita responsabilidade, diálogo e emergência. O que somos e fazemos são recombinações do que aprendemos, esse espírito colaborativo é fundamental para oxigenar a música como um todo, e não somente um ou outro.

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Recentemente muitos artistas têm apoiado lutas contra o racismo, homofobia e qualquer tipo de preconceito. Você acredita que o artista deve estar ligado a causas do tipo?

Acredito que arte é política. Devemos tocar na ferida dos problemas, provocar, questionar.

Agende-se!

O quê: show solo e acústico com Fernando Anitelli

Quando: quinta-feira, às 19h, no Ahoy! Tavern Club (Rua São Paulo, 20.893, em frente à Ponte do Tamarindo)

Ingressos: R$ 35 no DCE da Furb (campi 1 e 2), lojas Multisom (Shopping Neumarkt, Norte Shopping e Rua XV de Novembro) e pelo site Blueticket

Mais informações: boxprodutora.com.br