Dedicado. Com entrega. Doado ao extremo. Fernandão elogiou o Inter que empatou sem gols contra o Náutico na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio. Porém, deixou claro que o ponto obtido em casa é um revés que não será recuperado.
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Sem brilho, Inter de Fernandão empata em 0 a 0 contra o Náutico no Beira-Rio
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Mesmo com uma possível vitória fora de casa nas próximas rodadas, a posição do técnico é de que estes dois pontos farão falta ao final do campeonato, quando o detalhe dará o título do Brasileirão. O pensamento do treinador é de que vitória fora de casa é ponto conquistado. E não ponto recuperado por tropeços dentro do Beira-Rio.
– Não se recupera ponto perdido em casa. São dois pontos que deixei de ganhar. Elogio o grupo pela dedicação, mas são dois pontos que você acaba lamentando, não recupera. Como estou trabalhando jogo a jogo, não adianta lamentar mais. Penso na Ponte Preta (jogo de domingo, também no Beira-Rio) e se tivesse ganho hoje estaria pensando na Ponte do mesmo jeito – resumiu Fernandão.
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– A determinação que é importante. Fabrício, Fredinho, Guiñazu… o que esses jogadores correram, se entregaram, eles estavam se doando ali dentro (de campo) porque sabiam que tinham de vencer a partida. O torcedor chia, o jogador fica chateado, os jogadores também ficam, mas assim é o Campeonato Brasileiro – completou o técnico.
Leia outras declarações de Fernandão:
O jogo:
“A gente sabia que seria difícil a penetração pois não tínhamos esse homem com característica de pivô. Queríamos que essa bola chegasse pelos lados, porém, por baixo. Diego (Forlán) não é cabeceador. Você tem de tentar colocar essa bola entre o zagueiro e o goleiro para alguém se antecipar. Jogamos pouco pelo lado direito. Pedi bastante para rodar a bola e não aproveitamos. Por cima, a gente ia passar três, quatro dias que ela não entraria.”
Reforços:
“Buscamos o Diego, mas não contamos com a lesão do Dagoberto, do D’Alessandro. Centroavante, com características de centroavante, é complicado. Às vezes, tem um jogador que se destaca na Série B e não se destaca no Inter. Você não pode contratar por contratar e dizer que contratou. Não era nossa intenção liberar o Jô, mas por tudo o que ocorreu tivemos de liberá-lo. A diretoria está trabalhando, já estava antes (quando ele era diretor de futebol). Por isso que foi atrás do Rafael (Moura) e de jogadores para essa função, mas acabou não conseguindo.”
Vaias a Jajá:
“Jajá é um jogador que eu confio, fez um jogo fantástico contra o Palmeiras. Mas é um jogador que eu conheço: tenho de fazer ele ficar sempre concentrado. É bom no um a um com o zagueiro, tem um bom arremate. Mas quero que seja sempre o Jajá que eu espero que seja, porém quero que seja um Jajá somente, não dois, para no momento que ele entrar eu não ter de ficar rezando para saber quem entrou em campo.”
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Diego Forlán:
“O gol vai sair a qualquer momento. Ele está praticamente jogando sozinho lá na frente. Tanto o Marcos (Aurélio) quando o Jajá tem características de meio-campistas. É um jogador que já demonstrou capacidade imensa, poder de movimentação. Hoje eu o tirei pensando no jogo de domingo. Acho que ele está evoluindo, é um jogador que não estava acostumado a jogar quarta e domingo.”