Um desequilíbrio ambiental mudou a paisagem do Rio das Flores, no limite entre as cidades de Bandeirante e Belmonte, no Oeste de Santa Catarina. O rio ficou coberto por plantas aquáticas e impressionou moradores da região. O fenômeno foi identificado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) como “alface d’água”. 

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O Rio das Flores passou por inspeção e, em primeiro momento, foi constatada alteração no fósforo e baixa quantidade de oxigênio na água. Analisado, pela primeira vez, em agosto deste ano após denúncias, há indícios de que o alface d’água esteja no local desde junho. A investigação é feita pela prefeitura de Bandeirante em parceria com a Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). 

A causa ainda é desconhecida. 

O alface d’água, de acordo com o biólogo Emerilson Gil Emerim, se prolifera, principalmente, em águas poluídas. A multiplicação dessas plantas aquáticas ocupa o espelho d’água e impede a penetração da luz solar, o que implica na vida dos seres vivos, conforme explica o especialista.

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De acordo com o biólogo, a alface d’água é um problema sério para os reservatórios dos rios, já que impede a luz solar de entrar na água. Até o momento, segundo a PMA, não houve registro de morte de peixes, e o fenômeno não afetou o abastecimento de água da região ou a saúde dos animais.

O que pode ter causado

Não se sabe ainda a origem do alface d’água no local. Há indícios de três causadores: material orgânico do rio, suinocultura ou problemas com a hidrelétrica próxima ao rio, que tem responsabilidade pela área.

– Nós vamos identificar se foi da natureza ou se isso foi causado por ação humana. Se foi, nós vamos responsabilizar – explicou o Tenente e comandante da Polícia Militar Ambiental, Alcenir Minuscoli. 

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Os produtores, ainda segundo o órgão, usam a água para animais. De acordo com a análise, não há problema em usar essa água para este destino.

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O Instituto do Meio Ambiente do Estado está acompanhando o caso e tratando o rio para retirar a planta do local. De acordo com o biólogo, Emerilson Gil Emerim, a retirada do Alface d’água precisa ser feita de forma mecânica e causa um custo elevado para as prefeituras e empresas. 

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