Um público estimado em 150 mil pessoas acompanhou as atrações da 22ª edição da Festa Nacional do Jeep (Fenajeep), um encontro que reuniu donos e admiradores de off-road em Brusque. Segundo a organização, participaram brasileiros de todas as partes e ainda visitantes da Argentina e do Chile. Foram cinco dias de aventura, diversão e negócios no Centro de Eventos Maria Celina Vidotto Imhof (Pavilhão da Fenarreco).

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À frente do Brusque Jeep Clube, que idealizou e organiza o evento, o presidente Carlos Cane acredita que a Fenajeep movimente até R$ 10 milhões. Por ser considerada a maior feira no gênero em toda a América do Sul, atrai gente de todos os cantos, o que faz movimentar diversos setores da economia local: de oficinas e postos de gasolina a hotéis e restaurantes. O turismo, segundo Cane, também ganha: muitos dos que vêm para Brusque estendem a viagem a cidades vizinhas.

– Como até domingo a gente divulga a data do evento seguinte, o pessoal que está aqui já marca hospedagem antecipadamente. Os hotéis ficam lotados um ano antes – comenta Cane.

Além das competições em um circuito de chão batido, montado especialmente para o evento, a festa teve ainda um salão de exposições com equipamentos e acessórios voltados a estes veículos feitos para enfrentar os terrenos mais acidentados. Até jeeps em miniatura estavam à venda. John Conte é funcionário de uma loja de pneus que faz parte da feira há 14 anos. De Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, a revenda chega com um estoque de 200 pneus para negociar e costuma voltar para casa com cerca de 50.

– É um evento bem conhecido. Aqui a gente reforça a clientela antiga e conquista novos clientes. É uma boa vitrine – avalia.

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Grupo viaja 18 horas em um ônibus para participar da festa

Ao longo dos anos, a festa se tornou um ponto de encontro dos donos de Jeep. Eles se reveem e fazem novos amigos. Hércules Gomes Rausse chegou de Belo Horizonte na terça-feira passada. Veio em um ônibus com mais 10 pessoas numa viagem que durou 18 horas. Com eles, dividindo o mesmo espaço, estava um Jeep, trazido de Minas Gerais para disputar a categoria Extreme, em que os carros são postos à prova em um circuito de muitos buracos, elevações e lama.

– É cansativo, mas vale a pena. Ano que vem estarei aqui de novo – garante.

Em poucos dias, o grupo ganhou o reforço de quatro pessoas. O empresário Alex Simões e mais três amigos, todos de Sergipe, logo fizeram amizade com os mineiros e já planejam comprar uma gaiola para próximo ano para também entrar na disputa, que costuma empolgar o público na arquibancada:

– Vou colocar a Fenajeep na agenda.

A comissão organizadora é liderada por quatro pessoas, entre elas o presidente. Carlos Cane afirma que, no momento, estão começando a pensar a próxima edição do evento, que irá marcar os 25 anos do Brusque Jeep Clube. Mas, antes de tudo, eles se reúnem nesta segunda-feira para avaliar a Fenajeep que passou e destacar pontos positivos e negativos.

– É uma festa que não vai acabar. Todo ano tem uma novidade – afirma.