Bombas secas nos postos de combustíveis, prateleiras vazias em vários supermercados, transportes coletivos com funcionamentos parcial e risco de desabastecimento nos aeroportos. A 14ª edição da Feira Nacional das Tecnologias de Habitação, Construção e Imobiliário (Fenahabit), em Blumenau, ocorreu em meio a esse cenário conturbado da greve dos caminhoneiros no ano passado. O resultado é que diversos expositores não conseguiram chegar à Vila Germânica e apenas 30% do público esperado compareceu ao evento, pouco mais de 6 mil pessoas

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Neste ano, a expectativa é atrair de 15 a 20 mil visitantes ao longo dos quatro dias do evento, que inicia hoje e segue até sábado no Setor 2 da Vila. Os estandes terão produtos relacionados a construção civil, mobiliário e decoração, além de opções de imóveis próprios para compra. E de acordo com o empresário Júlio César de Oliveira, responsável pela organização da Fenahabit, a intenção é movimentar R$ 60 milhões, entre negócios, serviços e empregos gerados com o fluxo no turismo da região.

A 15ª edição da feira é marcada pela ampliação do espaço: os estandes passaram do Setor 1 para o Setor 2 do Parque Vila Germânica, aumentando a área de exposição para 7 mil metros quadrados. Serão 113 empresas participantes neste ano, crescimento de 20% em relação a 2018. Da lista, há 40 expositores que vieram de outros estados, entre Paraná, Rio Grande do Sul ou São Paulo.

Oliveira destaca que a feira surge como uma oportunidade para que os visitantes negociem e consigam descontos diretos com as empresas expositoras, o que deve atrair também representantes de indústrias e empresários do setor de logística.

— As empresas vão fazer preços bacanas tanto na área de atacado, para lojistas e indústrias, quanto aberta para pessoas físicas que estão decorando e querendo comprar um imóvel. Temos aqui construtoras com orçamento dentro do (programa) “Minha Casa, Minha Vida” e empresas que estão vendendo loteamentos e apartamentos de alto padrão. Então, é pra todo tipo de público — ressalta o organizador.

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Programação inclui ciclo de palestras

A programação do evento também inclui um ciclo de palestras gratuitas com especialistas da área. O tema da abertura será “A ponte, como chegar lá em vendas”, agendada para 20h de hoje com Juliano Louis Zickuhr. A apresentação mais aguardada é de Marcus Araujo, considerado um guru do mercado imobiliário, que irá palestrar amanhã, às 19h. A lista completa pode ser vista neste link.

Além da construção civil, o pavilhão terá novidades gastronômicas e música ao vivo para entreter o público. Também haverá pela primeira vez um receptivo turístico para os visitantes de outros estados. As vans sairão da Vila Germânica durante a manhã, período em que não há atividades do evento, e devem passar por fábricas de cristais, cervejas e chocolates, além da vizinha Pomerode.

Feira planeja movimentar R$ 60 milhões

O impacto econômico da Fenahabit em Blumenau pode ser calculado a partir de um tripé que envolve negócios prospectados, empregos gerados e fluxo no turismo local. A estimativa de Júlio César de Oliveira é que a soma dessas ações movimente cerca de R$ 60 milhões na região durante o evento.

Conforme estimativa de Oliveira, cerca de 75% desse valor (R$ 45 milhões) representa os contratos que serão firmados durante os quatro dias do evento. O restante do cálculo (R$ 15 milhões) envolve os 400 a 500 empregos temporários criados para a feira e o dinheiro gasto por visitantes e expositores nos hotéis, bares e restaurantes da região.

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A organização do evento considera que cerca de 30% dos visitantes não são moradores de Blumenau e 10% vêm de outros estados. Entre os mil visitantes que já fizeram o cadastro antes da feira, há pessoas de ao menos 50 cidades diferentes. Oliveira cita que algumas escolas do Paraná criaram delegações para vir a Blumenau conhecer a feira, o que irá, consequentemente, movimentar a economia da cidade.

— O evento fica na cidade durante 11 dias. A montagem já é um momento que pessoas de diversos lugares vêm para a cidade. Depois, há a vinda de todos os expositores e, por fim, o período de desmontagem. Essas pessoas vieram de inúmeros locais, principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro, e ao vir pra cá se hospedam e consomem no nosso comércio — destaca o organizador da feira.