A morte de Dolcineia Maria dos Santos Araújo, de 45 anos, em Guaramirim, no Norte do Estado, teve uma reviravolta na investigação. Isto porque a polícia desmentiu a versão do suspeito pelo crime, que alegou que a morte foi causada por um soco no pescoço. Os laudos, no entanto, apontam que a mulher foi vítima de estrangulamento. O homem, que é companheiro da vítima, foi preso em flagrante.

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Segundo o delegado Augusto Melo Brandão, ao se entregar à polícia neste sábado (26), o suspeito alegou que Dolcineia teria morrido na sexta-feira (25) durante uma discussão do casal. Na primeira versão, ele disse que a mulher deu dois tapas no rosto dele e, ao revidar, deu um soco no pescoço dela, que caiu no chão desacordada.

O homem, então, colocou a mulher na cama e, um hora depois, percebeu que ela estava sem reação. No dia seguinte, ele entrou em contato com um advogado, que o orientou a se entregar para a polícia.

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No entanto, o delegado explica que médicos e policiais que atenderam a ocorrência perceberam algumas características que trouxeram dúvidas a respeito da causa.

— O corpo não estava rígido, ou seja, provável que o crime tenha acontecido pouco antes dele se entregar e as evidências indicam que foi por estrangulamento. Então, seria mentira. Não bate com as provas — explica.

Brandão pontua que a suspeita é de que a mulher tenha recebido uma gravata ou um mata-leão antes de morrer. Ainda de acordo com o delegado, o homem já tinha passagens por violência doméstica contra outras vítimas. O assassino foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio e aguarda audiência de custódia.

Informações de quanto tempo o casal estava junto e o que teria motivado o crime não foram divulgadas. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.

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