Fora da zona de rebaixamento após 14 rodadas, o Figueirense chega à parte final da Série B dependendo apenas de si para garantir a permanência. Cenário improvável em uma temporada marcada pela saída da empresa Elephant, que não apresentou condições de manter o clube em funcionamento. Os jogadores alvinegros não entraram em campo contra o Cuiabá no primeiro turno em protesto, mas enfrentam a equipe neste domingo em busca da manutenção na segundona.
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— Foi o momento mais difícil da carreira. Quando criança sonhava em ser jogador de futebol, fazer o que amamos, ajudar a família. Foi um momento tenso. Clube e jogadores optaram por isso para que todos olhassem para nós. Não só pelos jogadores, mas por todos os funcionários e pessoas que não mereciam aquilo. Hoje já nem tocamos mais no assunto. Agora é dar continuidade na nossa permanência — afirma o meia Fellipe Mateus, que falou sobre o caso em entrevista à CBN Diário.
— Não teve a parte humana, não havia diálogo. Era sempre imposto, sem uma conversa. A gente fez o que acredito qualquer ser humano comum faria naquele momento difícil. Falar de fora é uma coisa, não se tem a noção do que está se passando dentro. Serviu como um aprendizado e hoje o momento que estamos vivendo é de ter bastante foco para conseguir reverter toda a situação — garante o jogador.

O foco citado por Fellipe Mateus estava em outros assuntos há meses atrás. No período Elephant, sem salários e condições de trabalho, colaboradores do clube precisavam, além de suas funções, se preocupar com a falta de itens básicos como remédios, plano de saúde, transporte e alimentação. A mudança na gestão se reflete na invencibilidade da equipe, que deixou a lanterna e chegou ao 16º lugar da Série B.
— Quando temos um convite para vir a um clube deste tamanho já pensamos no acesso. Fomos prejudicados e ainda hoje de certa forma estamos colhendo tudo o que foi feito de gestão. Chegamos nas últimas rodadas com chances reais de permanecer. Para um clube como o Figueirense é pouco, mas é como se fosse um título para nós por tudo que aconteceu. A gente fica ansioso, não vê a hora de voltar a jogar para conseguir garantir 100% — comenta Fellipe Mateus.
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