Inconsistente desde o vice-campeonato de 2008, Felipe Massa dá a largada no GP de Abu Dhabi, neste domingo, para três semanas decisivas para sua carreira na Fórmula-1. Flertando com a Williams, o brasileiro terá três corridas até o dia 24, quando a temporada termina em Interlagos, para evitar que a disputa diante da torcida marque sua aposentadoria, aos 32 anos, da principal categoria do automobilismo.
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Blog da F-1 transmite GP de Abu Dhabi ao vivo neste domingo
Apesar de garantir que suas chances são “boas”, a verdade é que o futuro é nebuloso. Massa atrai as equipes, mas não é unanimidade. Não vence nem faz poles há cinco anos, mesmo na Ferrari. Sofre com a falta de patrocinadores. E nega, veementemente, ter de virar “piloto pagante”:
– Na F-1, sempre fui um profissional. Tive meu salário, nunca trouxe dinheiro para correr. Isso não significa que não ajudarei a encontrar patrocinadores, mas isso deve acontecer de forma profissional – disse o paulistano.
No cenário atual, as opções estão minguando. Na Lotus, Nico Hulkenberg e Pastor Maldonado despontam. Na McLaren, Sergio Pérez encaminha a renovação. Entre Force India, Sauber e Williams, a última – que já teve Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barrichello – surge como garantia de sobrevivência. Mas, tudo indica, não lhe dará chances de vitória.
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Ao anunciar sua saída da Ferrari, o brasileiro disse que só ficaria em 2014 se tivesse um carro capaz de vencer. Agora, o discurso mudou um pouco. Massa sabe que o tempo é escasso:
– Nunca perdi meu sono pensando no que vai acontecer ano que vem. Estou tranquilo. Vou encontrar uma boa equipe para meu futuro.
Enquanto isso, Felipe Nasr, da GP2, afirmou ter 80% de chance de ser promovido à F-1 em 2014. Não revela nomes de equipes. Seu otimismo é, principalmente, por ter patrocinadores.
Se o tão esperado contrato assinado não vingar para nenhum dos Felipes, o Brasil ficará sem um representante na principal categoria do automobilismo pela primeira vez desde 1969, um ano antes da estreia de Fittipaldi. Mas ainda restam três semanas. Dois sonhos. E uma esperança.
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