O técnico Luiz Felipe Scolari não mediu palavras para criticar o cotidiano da Seleção Brasileira no país e usou como parâmetro as três primeiras semanas em que o grupo está concentrado para a disputa da Copa das Confederações.
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Um dos principais pontos questionados pela torcida e imprensa é sobre os treinos fechados ao público. O treinador saiu em defesa da CBF e disse que mesmo contrariados, ele e a instituição cumprem a determinação da Fifa.
– O público pensa que é a Seleção ou os integrantes que fecham os treinos. Não é verdade. Muitas vezes, somos obrigados porque a Fifa e o COL exigem. Gosto de liberar o treino na véspera do jogo porque acho um absurdo assistir os 15 primeiros minutos, que é a roda de bobo, e depois ter de sair – explicou o treinador em entrevista ao programa “Bem Amigos”, do canal SporTV.
O discurso de Felipão ganhou coro de Carlos Alberto Parreira, coordenador da Seleção:
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– Estamos em uma briga grande com a Fifa para mudar isso. Deixar o treinador liberar o treino no início ou no final.
Outro exemplo citado por Parreira envolve a questão dos ônibus. Ele revelou que o goleiro Julio Cesar perguntou se não poderia ser retirado o insulfilm que colocado na janela do veículo oficial que transporta as seleções durante o torneio.
– Julio Cesar pediu para tirar o insulfilm da janela do ônibus. Ele disse que as pessoas não conseguem ver nada – contou.
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Apesar de ser favorável ao contato entre torcida e jogadores, Luiz Felipe Scolari se queixou do excesso de manifestações populares dos treinamentos, jogos e saída do hotel, citando o exemplo da Copa de 2002, na Alemanha.
– Em 2002 foi fácil, mas aqui é Brasil. É um inferno – disparou.