Luiz Felipe Scolari estreia para valer em 2012, nesta quarta-feira, às 22h, contra o Mogi Mirim. Ele volta ao banco, após suspensão de três jogos pelo TJD-SP. Felipão já ouve dos insatisfeitos no Palestra Itália que o time começou 2012 com os mesmos “vícios” de 2011.

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A equipe segue com dificuldades de criação, no imutável esquema 4-2-3-1, dependente dos cruzamentos de Marcos Assunção e, após três jogos, tem dois empates em 1 a 1: sinais da “empatite” que marcou o time nos últimos Brasileiros.

O “calado” Felipão deu apenas uma entrevista coletiva em 2012. Minou o poder do desafeto Frizzo, que perdeu prestígio e segue ameaçado no comando do futebol alviverde. Arnaldo Tirone está fechado com o treinador. Mas nos bastidores também entende que a direção atendeu, dentro do possível, pedidos do comandante: Barcos, Daniel Carvalho, Román e Juninho eram de sua lista.

Ainda é cedo. O técnico não conseguiu usar todos os reforços. Daniel só estreou como titular no domingo e ainda não chegou à forma ideal. Barcos e Román ainda não apresentam condições de jogo. Só Juninho joga desde o início da temporada. Nos últimos dias, Felipão ficou irritado com notícias, de que a pressão sobre Frizzo o fortaleceu.

É fato que ele “não se dá” com o vice. A alegação oficial, porém, é de que Scolari está alheio a atritos políticos. Mas Felipão não deixou de rebater cutucadas de conselheiros, dizendo que a diretoria pode demiti-lo a hora que quiser, desde que pague a multa rescisória, hoje em torno de R$ 2 milhões.

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Irritado ou não, o treinador é cobrado, também por torcedores, a responder com resultados. Técnico há mais tempo empregado por um mesmo clube na Série A (desde julho de 2010), ele não conquistou títulos e nem levou o time a uma Copa Libertadores. Em um ano e meio, foram dois Brasileiros, duas Sul-Americanas, um Paulista e uma Copa do Brasil sem conquistas.

O começo da primeira fase do Estadual é visto ainda como uma continuação da pré-temporada. Felipão espera já ter Barcos, principal reforço de 2012, no próximo domingo. O contrato de Scolari termina no fim do ano. Ele não pensa em abandonar o barco antes disso. Mas está ciente de que a cobrança, sempre grande, será maior a partir desta quarta-feira.