A vitória por 4 a 0 sobre o Paraná, na noite de ontem, e a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil não melhoraram o ambiente do Palmeiras. Pelo contrário.

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A entrevista coletiva do técnico Luiz Felipe Scolari deixou claro os problemas internos do clube, sobretudo por conta da dificuldade em contratar reforços, como o atacante Borges, do Santos, que ele admitiu estar interessado. Muito irritado, o treinador fez duras críticas à diretoria que, segundo ele, não assume publicamente que o clube não tem dinheiro para fazer grandes contratações.

– Tem de perguntar para presidente, diretores. Apresentei lista com seis, sete nomes, não contrataram nenhum. Se não tem dinheiro, tem de vir esse tipo de contratação, como Mazinho, sem custos. Vou ajudar o Palmeiras. Espero que os dirigentes tenham hombridade de falar que não dá para contratar Borges, fulano, que estão na minha lista – esbravejou. – Se não tem dinheiro, que tragam quem pode jogar. Tem dois nomes de fora do Brasil na lista. Tem de explicar para a torcida. Sou mais identificado com o Palmeiras do que alguns dirigentes que estão lá – criticou.

O técnico também afirmou que já foi avisado que não receberá os reforços que pediu. A irritação dele, porém, é pelo fato de isso não ser passado para os torcedores pela diretoria.

– Como técnico, passo seis nomes para contratar dois. Na reunião de dois, três dias atrás, os nomes estavam lá. Foi dito que não tem dinheiro. Não tem, tudo bem. Estou contente com meu grupo. Só quero ter alternativa. Se não tem dinheiro, vão pescar algo, vão atrás. Depois, não venham passar para a torcida que eu contratei Juquinha. Tem de assumir essa m… – declarou.

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As críticas não pararam por aí.

– Não estou bravo. Cada um tem de assumir. Se não tem dinheiro, não tem dinheiro. Chega lá e fala. Se a torcida está brava, fique brava. Tenho centroavante com dois amarelos, vou contratar alguém que posso, como Mazinho e Fernandinho. Contrata, que pode ajudar razoavelmente. Não dê atenção para redes sociais, frescura de dirigentes que vão para reunião e falam porcaria. Se não tem dinheiro para feijão e arroz, vai comprar caviar? Não tem – completou ele.