O técnico da Seleção Brasileira, que em Brasília tangenciou as manifestações ocorridas na véspera e no dia da partida contra o Japão, desta vez não se furtou de dar a sua opinião sobre os protestos que varrem o país.
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Logo na primeira pergunta da entrevista coletiva oficial da Fifa, uma regra em véspera de jogo, o assunto veio à tona. E na voz de um repórter da BBC, de Londres, mostrando que virou preocupação estrangeira para 2014.
– É comum e normal na democracia este tipo de manifestação. Só espero que elas continuem sem violência. Todos queremos, inclusive o governo, um país melhor – afirmou Luiz Felipe Scolari, lembrando que houve protestos em Londres antes da Olimpíada e nem por isso a Inglaterra teve sua imagem arranhada.
Mais adiante, Felipão voltou ao tema. Haveria risco de o torcedor ficar contra a Seleção Brasileira, quem sabe associando os protestos pelos gastos com a Copa ao time? Felipão foi enfático, rechaçando qualquer semelhança com o período do regime militar, quando o futebol foi usado pela ditadura para aplacar os ventos da mudança.
– A Seleção é do povo, lembrem-se disso sempre. Estamos aqui lutando pelo título para satisfazer o povo brasileiro.
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O técnico ressaltou também que os posicionamentos de David Luiz e Hulk, que defenderam as manifestações, mostram que a suposta “alienação” do jogador de futebol faz parte do passado:
– Parece-me que isso está deixando de existir.