O forte calor em Blumenau não impediu que centenas de pessoas saíssem de casa para curtir a primeira Feirinha da Servidão Wollstein de 2015 neste domingo. De carro, ônibus, bicicleta ou a pé, quem marcou presença na Rua Floriano Peixoto, no Centro, encontrou diversão e oferta para todos os gostos.

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Improvisadas no meio da rua e nas calçadas, 65 barraquinhas de roupas, bijuterias, livros, discos de vinil e comidinhas diversas dividaram espaço com intervenções artísticas, tendas de mágica, tarô e brincadeiras para crianças. Segundo Giovanni Ramos, um dos organizadores do evento, a democratização de atrações alavancou o recorde de feirantes e pessoas confirmadas via Facebook:

– A feira se tornou um lugar para levar a família, e a tendência é continuar crescendo nesse sentido – comenta.

Antes povoada apenas pelo público alternativo da cidade, a Feirinha da Servidão agora é frequentada também por famílias em busca de um passatempo diferente aos domingos. É o caso de Márcio Cornetet, que pela primeira vez levou o filho Pedro, de 1 ano e 2 meses, para conhecer o evento:

– É importante sair do shopping e ter cultura na rua. É o que eu quero para o meu filho desde cedo – diz.

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Em contrapartida, quem já curte a aposentadoria também encontra na feirinha uma desculpa para se divertir ao ar livre:

– Faltam opções assim em Blumenau. Moro aqui há 22 anos e nunca vi nada parecido. Estou gostando muito – garante Luiz Claudio Resse da Silveira, 76 anos, que foi ao evento com a filha e os netos.

Mais espaço e novas atrações

Várias novidades marcaram a primeira edição do ano. Uma parceria com o Sesc levou contação de histórias e shows de música ao local. Antes limitada ao Butiquin Wollstein e a um trecho da Floriano Peixoto, a feirinha também ganhou mais espaço. Agora partes das ruas XV de Novembro e Sete de Setembro integram o território, segundo a organização.

A tarde começou com outra atração inédita: um passeio de bike organizado em parceria com a ABC Ciclovias e que reuniu cerca de 120 pessoas. O trajeto, do Parque Ramiro Ruediger até o local do evento, foi coroado com uma homenagem ao cicloativista Wilberto Boos, que morreu em dezembro passado. Gabriel Piccoli abriu a programação musical do dia.

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Malabarista nos semáforos da cidade e de todo o Vale do Itajaí, o artista Yan Santos decidiu vender os livros da biblioteca pessoal ao público da feirinha. Já o escritor Tuco Egg achou uma boa ideia apresentar suas duas obras aos amantes da literatura:

– Acho que a feirinha é hoje a melhor oportunidade para que as pessoas divulguem seus trabalhos – opina.