Há um mês, a estudante de sistemas da informação Michele Jacinto Frasson, 21 anos, comemora o emprego na área de tecnologia em Florianópolis. A jovem tem deficiência visual, e foi contratada pela Softplan para testar a acessibilidade dos softwares da empresa. Seu trabalho consiste em testar cada parte do sistema e passar para os programadores os problemas que encontra pelo caminho:
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– Eu fazia estágio antes, mas não era na área que estudo. Agora estou aprendendo bastante, consigo pegar dicas com os colegas – contou.
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Mesmo tendo garantido uma vaga, Michele sabe das dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam para entrar no mercado de trabalho:
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– As empresas precisam se abrir mais, porém uma barreira muito grande pra mim está no sistema educacional. Eu tenho muitos problemas na faculdade para conseguir estudar, todo dia tenho que comprar brigas para garantir material adaptado, um site acessível. Aí fica difícil das pessoas se capacitarem para conseguirem vagas melhores – destaca.
Na Softplan, foi criado um Programa de Capacitação de PCDs (profissionais com deficiência) que se propõe a incluir o funcionário com deficiência efetivamente nas atividades produtivas, como explica a analista de desenvolvimento humano e organizacional da empresa, Paula de Sousa Rocha:
– A gente enfrentava uma dificuldade de contratar pela falta de candidatos capacitados para a vaga. Nosso objetivo não é só contratar para cumprir a legislação, mas que a pessoa possa atuar na área de estudo e se desenvolver dentro da empresa – explica.
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