Taxas de juros mais baixas e o financiamento mais longo (até 35 anos) se provaram ótimos argumentos de venda no Feirão Caixa da Caixa Própria, em Florianópolis.

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A oitava edição do evento na Capital terminou neste domingo com movimentação recorde de R$ 598 milhões entre contratos assinados e encaminhados, cifra 45% superior à do ano passado.

Em três dias, as construtoras fecharam 3.881 negócios, 13,2% mais do que no último Feirão. O resultado superou com muita folga as expectativas da própria Caixa Econômica, que projetava R$ 410 milhões em negócios.

Um dos campeões de vendas foi a construtora Mima Engenharia, que apostou as suas fichas nos imóveis de padrão popular na Grande Florianópolis e terminou o Feirão com 85 unidades comercializadas, contra apenas 25 no ano passado. O dono da construtora, Manoel Bento Gonçalves, disse que seu público-alvo foi formado por jovens casais, entre 20 e 30 anos.

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– Hoje, ninguém mais ganha abaixo de R$ 1 mil. Um jovem com uma renda de R$ 1,5 mil ao mês pode somar o valor à renda da sua parceira e fazer um financiamento no Minha Casa, Minha Vida, com direito a subsídios do governo. Além de o casal poder dividir a responsabilidade nas prestações – observa Gonçalves.

No Feirão também houve oferta de três empreendimentos do programa habitacional do governo federal na Ilha. Um deles, o lançamento Porto Caravelas, em Canasvieiras, teve mais de 50 unidades comercializadas. O corretor de imóveis Paulo Freire afirma que o prazo escolhido pela maioria dos compradores para pagar os imóveis de R$ 150 mil foi de 25 anos, em parcelas de R$ 1 mil.

O superintendente da Caixa, Jacemar Bittencourt de Souza, acredita que o alto faturamento deste Feirão deve ser atribuído não somente aos imóveis populares, mas à diversidade de preços e empreendimentos. De acordo com ele, os empresários comemoraram também a venda de coberturas.

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No estande da Brognoli, a maior imobiliária do Estado, a percepção do diretor comercial Marcos Alcauza foi de que o nível de renda do comprador aumentou. Ele afirma que o público das classes C e B predominaram, como no ano passado, mas que a novidade foi o aumento da procura pela classe A. Segundo ele, até, o interesse pelos apartamentos de cobertura estava maior neste Feirão.

O perfil do imóvel que mais saiu na Brognoli foi o de apartamentos entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, em bairros do continente, como Coqueiros e Estreito.

O administrador Bernardo Tancredo e a dentista Mirella Cavalcanti moram na casa dos pais, mas, desde o ano passado, estão procurando um imóvel próprio para morarem juntos. Desde lá, o casal percebeu um aumento nos preços, e elevou o valor da busca de, no máximo, R$ 300 mil para R$ 350 mil. A ampliação do prazo de pagamento das parcelas animou o casal para continuar procurando. No Feirão, já gostaram do primeiro imóvel que viram, um apartamento no Córrego Grande, equipado com uma ampla e sofisticada área de lazer.

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