Jonas Junckes, 28 anos, natural de Gaspar, vende pão, cuca e geleia desde os 13 e se intitula um caipira. Nas horas vagas, o feirante assume papel de atleta e tem uma história que serve de inspiração para muitas pessoas. Educador físico por formação, atleta por paixão, ele é um dos condutores oficiais da tocha olímpica em Gaspar e personagem da série Na trilha da tocha.
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O convite veio inesperadamente e ele se sente honrado em representar os moradores da cidade:
-Carregar a tocha significa tanta coisa, espalha sentimentos de amizade e respeito, coisas que prezo. É uma honra participar, principalmente se eu puder servir de exemplo para motivar as pessoas a insistirem mais nos sonhos delas – destaca.
Ainda na adolescência começou a praticar bicicross. Um certo dia, assistiu em um programa de televisão uma matéria sobre corrida de aventura e ficou com vontade de conhecer o esporte. Aos 18 anos, descobriu uma prova da modalidade em Pomerode e fez a sua estreia oficial em um esporte que já o levou para diversas partes do mundo.
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A corrida de aventura é um esporte que exige preparo físico e mental. Nada mais é do que uma navegação com mapa e bússola em um percurso que não é balizado como nas outras provas, ou seja, a estratégia é fundamental. Os participantes precisam passar pelos pontos de controle e têm um limite máximo de tempo para concluir os percursos. As provas mais longas, como o mundial, chegam a durar até cinco dias.
Os atletas correm, pedalam, remam e andam de caiaque nas mais belas paisagens mundo afora. Aliás, o contato com a natureza é o que mais atrai os praticantes da modalidade.
Jonas é privilegiado e brinca que tem o quintal de casa para treinar, já que a região de Gaspar reúne as condições ideais para condicionamento físico. Outros locais onde costuma treinar são o Alto Vale do Itajaí e Florianópolis. Ele participou recentemente da quarta etapa do Mundial de Corrida de Aventura, no Paraguai, desafiando com os colegas de equipe um percurso de 600km. Os quatro integrantes largam juntos e precisam chegar juntos ao fim da prova.
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O feirante-atleta já levou a bandeira brasileira a diversos lugares do mundo como Escócia, Portugal, Croácia, Eslovênia, Hungria, República Tcheca, Uruguai e Nova Zelândia. E garante que se pudesse viveria apenas do esporte:
-Seria um sonho viver como atleta profissional, gostaria de desenvolver projetos voltados a comunidade, incentivando as pessoas a praticarem mais esportes junto a natureza. O esporte é uma ótima ferramenta para educar as pessoas – acredita.
E é essa a mensagem que ele quer emanar no dia 12 de julho, quando estiver conduzindo a tocha olímpica em Gaspar.
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