Joinville completa 171 anos nesta quarta-feira (9) e, para comemorar a data, os joinvilenses podem apreciar feiras, exposições e atividades de lazer no antigo prédio da prefeitura, local que abrigou outros empreendimentos e resguarda a história da cidade.
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Desde às 9h, o trecho da Rua Max Colin entre a Blumenau e João Colin está ocupado por artesãos, carros antigos, diversas plantas à venda e viaturas de bombeiros e das polícias Civil e Militar. O evento fica até às 17h e, já durante a manhã, famílias com crianças, idosos e até cachorros aproveitaram para conhecer o novo espaço e degustar da comida vendida nos food trucks.
Vera Lúcia Chaves é artesã de guirlandas e foi com o esposo e os dois filhos, de 3 e 5 anos, para aproveitar o dia ensolarado. Ela conta que Eric, o mais novo, gosta muito de carros. De dentro do caminhão antigo dos bombeiros, o menino brinca segurarando o volante e tenta enconstar nos pedais, em que se estica para dar pé.
— Estamos gostando muito, tem artesanatos, carros antigos. As crianças adoram. Mais tarde, vou montar minha tenda também — afirma Vera.
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Além das exposições na rua, na parte de dentro, há apresentações de grupos musicais, uma mesa de ping-pong para quem quiser se aventurar e também uma equipe da organização destinada a explicar como funciona o projeto Farol, recém instalado no prédio.
Subida na torre e história do prédio
João Manfio, coordenador do Farol explica que o principal chamariz é subida na torre, que já chegou a ser a estrutura mais alta na década de 1950. Lá de cima, é possível ver a Joinville de hoje em 360°.

Antes mesmo de ser a prefeitura, o local já abrigou uma rodoviária na década de 1970 e, antes disso, em 1954, a revenda da Ford. Inclusive, estacionados na rua, estão expostos veículos antigos da marca e um ônibus da Gidion que rodava na época.
— Há pessoas com memórias afetivas do local. Uns lembram que já pagaram IPTU aqui, quando ainda era prefeitura. Outros, que tomaram ônibus. É muito bacana — destaca o coordenador.
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Este é o caso de Hélio Correa, 81, que aguardava ansioso na fila para subir na torre. Assim como faz há decadas, ele saiu de casa acompanhado de sua bicicleta e foi conferir de perto o que tornou-se o prédio que frequentou desde a infância.

— Eu conheço tudo isso aqui, meu pai era da oficina da Ford. Eu vinha pra cá brincar. Bricava com os carrinhos embaixo dos caminhões e me sujava todo. Aí o pai me levava pra tomar banho lá em cima, no banheiro — se recorda o idoso.
Seu Hélio conta que, de lá para cá, muita coisa mudou. A rua foi asfaltada, as casas de madeira já nem existem mais. Ele lamenta o tempo em que a estrutura ficou fechada.
Para o aposentado, que sempre reivindicou aos prefeitos que o espaço fosse reaproveitado, é uma alegria retornar ao prédio que lhe traz tantas boas memórias.
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— Faz festa, que o povo gosta é de festa. Temos que aproveitar muito os espaços da cidade — finaliza.
Veja fotos do evento
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