O Expocentro Edmundo Doubrawa se tornou palco para amantes da literatura na Feira do Livro de Joinville. Desde a última sexta-feira (3), os visitantes que caminham pelo local têm a oportunidade de comprar livros novos e usados, acompanhar as exposições de escritores em estandes e assistir palestras de temas relacionados à leitura.
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O livreiro Leonardo Silas da Silva, de 38 anos, destaca dois motivos que reforçam a importância da feira: o fomento à leitura e a interação cultural do espaço com a sociedade joinvilense.
Uma das pessoas que buscaram essa interação é a professora Fernanda Custódio, de 42 anos. Acompanhada de um grupo de alunos do ensino fundamental, ela comemora a chegada da 18ª edição do evento para aproximar as crianças do universo literário.
– A feira é muito aguardada o ano todo. Porque tem a possibilidade de encontrar um escritor e conhecer quem criou aquela história fantástica – celebra.
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Um desses autores é o poeta e compositor Kalunga. Escrevendo há 39 anos, o artista veio a Joinville para apresentar músicas e contos. O escritor de 72 anos, que tem o público infanto-juvenil como foco, comenta que a inspiração de escrever para as crianças parte da interação que teve com as filhas durante a infância delas.
– Perceber as reações delas, as frases que elas diziam, a maneira que elas pronunciavam algumas palavras. Então, eu fui juntando essas ideias para escrever os livros – comenta.

Kalunga acredita que a literatura pode trazer leveza para assuntos que não estão no “faz de conta”.
– Ela pode ser usada através do lúdico, até pela brincadeira. Já o pai [da criança], às vezes tem que ser mais sério ao transmitir algum conceito, eu não, posso transmitir brincando – afirma.
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Obras acessíveis são diferenciais
Boa parte das atrações é focada em estimular a escrita e a leitura para o público em geral. A estratégia funcionou com a estudante, Michele Eduarda de Faria, 18 anos, que estava de passagem em um dos estandes, e relatou que gosta de ir à feira para acompanhar as novidades literárias.
Além das obras recém-produzidas, há uma grande quantidade de livros usados e seminovos que podem ser comprados por um preço acessível. Um atrativo para quem passa pelo local e se depara com mesas preenchidas de livros que custam entre R$ 5 a R$ 15.
– Dada a situação econômica do país, as pessoas vêm para a feira e procuram por melhores preços. A feira tem espaço para todos – comenta o livreiro Leonardo.

Vantagens da leitura
Leitora desde os oito anos, Michele aponta que um dos principais benefícios de ler é a evolução da escrita. Recentemente, a jovem prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e notou que a leitura ajudou a enriquecer o vocabulário para a redação.
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18ª edição da Feira do Livro de Joinville vai celebrar a “arte do encontro”
As vantagens conquistadas pela leitura não se restringem apenas à escrita. Para a professora Fernanda, a imaginação também é trabalhada na mente dos leitores.
– Estimula o processo criativo. Viver aquele momento de suspense, de alegria, transforma as emoções. Isso faz com que eles desenvolvam ainda mais a criatividade – explica.
Evento para todos
O público do evento se caracteriza por não possuir faixa etária, pois atrai atenção de pessoas mais novas e mais velhas. A dona de casa, Cristina Rauvers, de 58 anos, costuma frequentar a feira há alguns anos.
A “leitora compulsiva” de romances e biografias, defende que o aprendizado adquirido nos livros tem papel fundamental não só na educação, mas também na forma com que eles auxiliam nas questões internas das pessoas.
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– A leitura desenvolve a pessoa. Quando você aprende alguma coisa, você cresce e consegue lidar com seus problemas – comenta.
A feira continua até o próximo domingo (12), de segunda a sábado, das 9h às 21h, e domingo, das 10h às 20h. A programação completa pode ser acessada no site do evento.
Sob supervisão de Lucas Paraizo
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